Em uma decisão proferida na última terça-feira (14), a Justiça de São Paulo acatou o pedido da Avianca Brasil e decretou a falência da companhia aérea. Com mais de R$ 2,7 bilhões em dívidas, a empresa alegou que, devido à sua inatividade, não conseguirá cumprir o plano de recuperação judicial em vigor desde dezembro de 2018.

A Avianca não opera mais voos no País desde maio do ano passado, após uma decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A companhia alega que está em crise econômico-financeira desde a recessão econômica de 2014. O aumento do combustível de aviação, a disparada do dólar e a greve dos caminhoneiros de 2018 também causaram impacto no faturamento da empresa.

Na decisão, o juiz Tiago Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo afirmou que a administradora judicial da Avianca informou sobre o esvaziamento completo da atividade da empresa, “considerando as ordens judicias que redundaram na retomada de todas as aeronaves da companhia”, além da redistribuição administrativas das permissões para operar decolagens e pousos.

“[A Administradora] ressalta que a redistribuição dos slots da companhia pela ANAC, esvaziou as unidades produtivas isoladas alienadas em cumprimento ao plano de recuperação judicial, o que redundou na indisponibilidade dos recursos que seriam destinados ao pagamento dos credores. Requereu, assim, a convolação da recuperação judicial em falência”, acrescentou o juiz que que deu 60 dias para que a empresa apresente a relação dos seus ativos.

Via: Agência Brasil