Não só Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia: a Microsoft quer comprar as operações de negócios globais da TikTok, o que incluem também os mercados da Índia e da Europa. Por enquanto, a rede social está tendo que convencer vários países de que não é uma espiã chinesa, e esta semana anunciou um datacenter no continente europeu.

Mas a Microsoft tem que correr: tem até 15 de setembro para fechar negócio com a chinesa ByteDance. O prazo foi definido pelo Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos, que examina as negociações feitas no país à procura de possíveis riscos de segurança.

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No mês passado, a Índia proibiu o TikTok e 58 outros aplicativos chineses após um conflito na fronteira entre os dois países. Com mais de 200 milhões de usuários ativos, o país era o maior mercado do aplicativo de vídeo antes da proibição.

Enquanto o cheque da Microsoft não vem, o TikTok se vira como pode. Esta semana, anunciou que armazenará os dados de seus usuários europeus na Irlanda. O datacenter deve custar à empresa US$ 497 milhões e ficar pronto em 2022.

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“Esse investimento na Irlanda criará centenas de novos empregos e desempenhará um papel fundamental no fortalecimento da proteção dos dados dos usuários do TikTok, com um sistema de defesa de segurança física e de rede de última geração planejado para esta nova operação”, afirmou o pelo CISO global da companhia, Roland Cloutier.

Essa medida isola os negócios internacionais do TikTok das preocupações de segurança alimentadas pelos EUA, e ainda dá subsídios para o presidente Donald Trump desistir de bani-lo. Paralelamente, ajusta sua operação na Europa, e entra em acordo com as regras em relação aos dados pessoais que se aplicam à União Europeia e ao Espaço Econômico Europeu.

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Entenda a polêmica Estados Unidos x TikTok

Desde que chegou ao ocidente, o TikTok se tornou um sucesso absoluto, com mais de dois bilhões de downloads. Porém, a ByteDance, desenvolvedora da rede social, é uma empresa chinesa, o que levantou uma série de contestações sobre a segurança dos dados dos usuários. Isso porque, segundo o governo americano, a China pode ter acesso a essas informações e usar isso a seu favor.

Por conta disso, o presidente Donald Trump anunciou na última semana que o aplicativo será banido dos Estados Unidos, a menos que alguma empresa americana o compre (e é aqui que a Microsoft entra na história). O país, porém, não foi o primeiro a fazer isso. A Índia anunciou o banimento do TikTok (e muitos outros aplicativos de origem chinesa) no país.

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Até mesmo o grupo Anonymous, famosa rede de hackers, entrou no conflito. Em uma publicação no Twitter, o grupo falou para as pessoas deletarem o aplicativo. “É um malware operado pelo governo chinês que está conduzindo uma ação massiva de espionagem”, afirmou.

Via: Tech Crunch/The Next Web