Ericsson faz parceria com São Martinho para 5G no agronegócio

Parceria viabilizará cobertura 5G de toda a operação da Usina São Martinho; unidade é considerada a maior processadora de cana-de-açúcar do mundo
Da Redação06/10/2020 20h58, atualizada em 06/10/2020 22h20

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A São Martinho, grupo brasileiro do setor dos sucroenergéticos, fechou uma parceria com a empresa de telecomunicações Ericsson para desenvolver e transformar as fazendas da companhia usando a tecnologia 5G. A empresa sueca fornecerá a infraestrutura necessária para viabilizar toda a cobertura em uma das usinas da São Martinho, bem como ações conjuntas em pesquisa, desenvolvimento e inovação, com foco no aumento de eficiência agrícola e industrial.

Na usina, será instalado um centro de inovação para desenvolver aplicações reais de 5G para o agronegócio, utilizando as frequências de 700MHz e 3500MHz. Uma operadora de telecomunicações ainda será escolhida para integrar a parceria e, posteriormente, o ecossistema também contará com empreendedores e startups.

Por enquanto, a São Martinho irá aplicar a tecnologia na sua usina em Pradópolis, interior de São Paulo. A unidade é considerada a maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, com capacidade para a moagem de 10 milhões de toneladas/safra. Com base nos padrões abertos de conectividade 4G e 5G, as inovações serão aplicadas com foco no ambiente de IoT (Internet das Coisas), uma das deficiências do trabalho no campo devido os problemas de conectividade.

Ericsson/Reprodução

Smart Farming: uso de sensores precisos e diversas tecnologias para otimizar processos agrícolas. Sistemas IoT baseados em tecnologias 5G são o futuro do agronegócio. Créditos: Ericsson/Reprodução

5G e o agronegócio

Assim como nas grandes cidades, onde o 5G tornará tudo conectado, no campo, a rede de alta velocidade cumprirá a mesma função, acelerando a evolução e capacidades do agronegócio. Uma rede 5G conectará veículos autônomos, drones, câmeras, sistemas de controle automatizados, dentre outras atividades que requerem alta velocidade de transferência de dados e baixíssima latência (tempo de resposta).

Segundo Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, “o setor do agronegócio corresponde a quase 25% do PIB brasileiro, e apenas 29% das propriedades rurais são conectadas, o que representa um fator restritivo para a inovação e produtividade. Esse é um setor que merece ainda mais atenção no que diz respeito à redução do spread digital. O Brasil ocupa atualmente a 3ª posição no Ranking de Exportação do Agronegócio do mundo. Assim, qualquer benefício gerado a partir dessa parceria entre a Ericsson e a São Martinho terá um forte impacto positivo e apoiará o crescimento da economia brasileira”.

Uma análise setorial da Ericsson mostrou que a conectividade no campo trará uma disrupção semelhante à trazida nos anos 60 do século passado com o trator, com benefícios significativos em todos os aspectos da agricultura. “O desenvolvimento da cadeia do agronegócio por inteiro a partir do IoT e com o advento do 5G pode tornar o Brasil ainda mais produtivo do que é atualmente. A demanda global por insumos vegetais, alimentos e proteína irá dobrar até 2050 e o Brasil é o único país grande, com condições favoráveis para aumentar em escala a oferta de alimentos, além de enorme espaço para ganho de produtividade em diferentes etapas da cadeia, tornando-se assim o maior exportador de produtos agrícolas nesta nova década”, completou Ricotta.

Fonte: São Martinho

Colaboração para o Olhar Digital

Da Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital