Bloqueio da Huawei pelos EUA pode favorecer chips da Qualcomm

Em divulgação de resultados fiscais, CEO da Qualcomm afirmou que uma licença para trabalhar com a Huawei poderia beneficiar positivamente a Qualcomm
Wellington Arruda05/11/2020 14h24

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No futuro, a Qualcomm poderá se beneficiar no mercado de smartphones ao fornecer chipsets para a Huawei. A intenção foi comentada pela empresa durante uma reunião para divulgar os resultados fiscais do quatro trimestre comercial de 2020 – terceiro trimestre do calendário – na quarta-feira (4).

Cristiano Amon, CEO da Qualcomm Inc., reafirmou que “não temos licença para vender produtos para a Huawei”. No entanto, ele diz que a situação “cria uma expansão do mercado endereçável para a Qualcomm”.

Sobre a licença, que poderia ser solicitada ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos, Amon cita que a Qualcomm vê isso de maneira positiva. “E esperamos que isso aconteça à medida que olhamos para a demanda por aparelhos em 2021”, afirmou, mas sem confirmar diretamente se a Qualcomm já realizou uma solicitação.

Abertura de mercado

As sanções do governo dos EUA contra a Huawei continuam em vigor. A fabricante chinesa é acusada, entre outros, de fornecer dados de cidadãos norte-americanos ao governo chinês. A Huawei, por sua vez, nega as acusações.

Recentemente, empresas como Sony e Omnivision receberam licenças para voltar a comercializar equipamentos para a Huawei. Apesar do movimento ainda ser sutil, isso mostra que as diretrizes aplicadas à companhia têm sido modificadas aos poucos.

Reprodução

Atualmente, Huawei utiliza os chips proprietários sob a marca Kirin. Imagem: Huawei/Divulgação

No começo do mês, foi revelado que a Huawei pretende abrir uma fábrica própria para produzir chips. Diferente dos utilizados hoje em smartphones da companhia, os componentes seriam fabricados no processo de 45 nanômetros, inicialmente.

Na reunião, a Qualcomm divulgou um aumento de 35% em receita, atingindo US$ 6,5 bilhões. No mesmo período de 2019, a receita da empresa foi de US$ 4,8 bilhões. O aumento por ação foi de US$ 1,45, registrando um crescimento de 86%.

Via: The Motley Fool

Wellington Arruda é editor(a) no Olhar Digital