O Airbnb planeja apresentar à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA a documentação para iniciar o processo de abertura de capital da empresa. Segundo informações do The Wall Street Journal, fontes afirmam que a companhia pretende realizar sua IPO (Oferta Pública Inicial) no final de 2020.
O banco Morgan Stanley foi escolhido para liderar a oferta, que também deve ter participação significativa do Goldman Sachs. A Oferta Pública Inicial descreve a primeira oferta de ações de uma empresa ao público em uma bolsa de valores. Em setembro de 2019, o Airbnb havia anunciado a expectativa de abrir o capital em 2020.
A pandemia do novo coronavírus, entretanto, impactou severamente os planos da empresa. Diante da crise, a startup buscou recursos em uma rodada de US$ 1 bilhão de investimentos com altas taxas de juros, segundo o The Wall Street Journal. O aporte não foi suficiente para evitar demissões. Em maio, o Airbnb anunciou o plano de demitir um quarto de toda sua força de trabalho.
Após o episódio, no entanto, a empresa passou a ressaltar resultados positivos de sua plataforma. Em junho, o Airbnb afirmou que entre 17 de maio e 6 de junho de 2020, foram registradas mais reservas para viagens no Airbnb nos Estados Unidos do que no mesmo período de 2019. No mês seguinte, o app registrou a marca de mais de um milhão de reservas em sua plataforma no mundo todo. A empresa não atingia esse resultado desde o dia 3 de março.
Ainda não está claro, porém, até que ponto o Airbnb garantiu uma recuperação financeira. Além do futuro nebuloso para a indústria do turismo, as operações da startup também devem ocorrer na esteira de resultados negativos anteriores à pandemia.
Nos primeiros nove meses de 2019, a Airbnb acumulou um prejuízo de US$ 332 milhões, em comparação ao lucro de US$ 200 milhões durante o mesmo período do ano anterior. Além disso, o valor de mercado da companhia caiu de US$ 31 bilhões em 2017, para US$ 18 bilhões em 2020, conforme relata o Wall Street Journal.