Universidade no Reino Unido constrói robô para mascar chiclete

Máquina tem até saliva artificial. Objetivo é avaliar a eficácia do uso da goma de mascar para administrar medicamentos
Rafael Rigues15/07/2020 15h30

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Pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, desenvolveram um par de mandíbulas robóticas criadas especificamente para mascar chiclete. O objetivo é avaliar o uso de goma de mascar como um meio para entregar medicamentos ao organismo.

Algumas empresas já produzem gomas de mascar medicamentosas. O problema é que não existe uma forma padronizada de testar sua eficácia na distribuição do medicamento. Atualmente isso é feito com voluntários humanos, mas mudanças na composição ou processo de produção da goma podem alterar os resultados.

É aqui que entra o robô inglês, capaz de “replicar com precisão o movimento de mastigação em um ambiente fechado e controlado”. Ele tem até saliva artificial, para permitir que o xylitol, um substituto do açúcar no qual o medicamento é misturado, seja dissolvido e distribuído pela boca.

Robô vs Humanos

Para medir a eficácia do equipamento a equipe liderada pelo Dr. Kazem Alemzadeh elaborou um estudo comparando o robô com voluntários humanos e medindo o quanto de xylitol permanece na goma após um tempo e o quanto é liberado no organismo.

Os pesquisadores determinaram que o robô libera xylitol em uma velocidade similar à dos participantes humanos. A maior quantidade foi liberada nos primeiros cinco minutos de mastigação, e após 20 minutos apenas uma pequena quantidade da substância restava na goma, independente do método usado.

Segundo Alemzadeh, “nossa pesquisa mostra que o robô dá às companhias farmacêuticas a oportunidade de investigar gomas de mascar medicamentosas, reduzindo a exposição dos pacientes e com menores custos”.

Nicola West, professor de Odontologia Restauradora da Bristol Dental School e coautor, acrescentou: “A via oral é a forma mais conveniente de administração de medicamentos para os pacientes. Esta pesquisa, utilizando um novo ambiente oral artificial humanoide, tem o potencial de revolucionar os estudos sobre liberação e entrega oral de medicamentos”.

Fonte: Universidade de Bristol

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital