‘Chiclete’ de 5 mil anos conserva DNA da garota que o mascou

Pesquisadores conseguiram até descobrir que a garota apresentava intolerância à lactose
Redação17/12/2019 17h52, atualizada em 17/12/2019 18h21

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Cientistas da Dinamarca identificaram um genoma humano em um material mascável de 5,6 mil anos de uma resina da árvore bétula, semelhante a um chiclete. Trata-se do mais antigo genoma humano extraído de um material que não seja um osso, segundo a revista Nature.

Os pesquisadores foram capazes de descobrir detalhes impressionantes sobre a garota que usou o produto, tudo através do DNA, que seguia preservado no “chiclete”. Eles conseguiram concluir que a mulher era jovem, viveu na Escandinávia por volta do ano 2600 a.C, tinha pele escura, cabelo escuro, olhos claros e apresentava intolerância à lactose. Os pesquisadores a chamaram de Lola.

Reprodução

“Chiclete” mascado pela Lola

A resina foi encontrada em Syltholm Jensen, no sul da Dinamarca e é um material feito da casca aquecida da bétula – um gênero de árvores. O pesquisador Theis Jensen, em comunicado oficial, apontou a localização da descoberta como “completamente única”. “Quase tudo está selado em lama, o que significa que a preservação de material orgânico é absolutamente fenomenal”, explicou Jensen.

A resina da bétula era usada como adesivo ou cola, uma ferramenta bastante útil na construção de ferramentas durante o Paleolítico – era na qual os primeiros artefatos em pedra começaram a ser construídos.

Amostras do material são constantemente encontradas com marcas de dentes, o que indica que a resina era mascada, possivelmente para torná-la mais maleável antes do uso. Outras funções, como alívio nas dores de dentes, também são especuladas pelos pesquisadores.

Via: UOL

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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