Os aplicativos de transporte tornaram-se bastante populares nos últimos tempos. Com isso, o transporte público também pode se reinventar. Um projeto, resultado de uma parceria entre o secretário de Mobilidade Urbana de São José dos Campos, Paulo Guimarães, e o coordenador do Cepesp FGV, Ciro Biderman, prevê essas alterações. A opção faz parte de um novo modelo de transporte público proposto para o município. 

Chamado de rota flexível, o modelo oferece micro-ônibus acionados por aplicativos para que passageiros sejam levados ao destino. De maneira compartilhada, ou seja, com outros indivíduos que vão para locais próximos, o transporte tem um preço mais baixo do que os praticados atualmente por plataformas estabelecidas, como Uber e 99.

Com previsão para início das operações em janeiro de 2021, a opção é apontada como uma saída para que as cidades modernizem um serviço que é oferecido há anos e que não consegue atender à demanda de passageiros.

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, o sistema atual de transporte adotado em quase todo o país enfrentou crises pela falta de passageiros. De acordo com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), houve um prejuízo acumulado de R$ 3,7 bilhões dividido entre as empresas que operam no Brasil de março a junho.

A situação foi responsável por incontáveis discussões sobre a visível perda da competitividade do transporte público em meio à situação atual. Por conta disso, a rota flexível surgiu para tentar modificar essa realidade.

A ideia, segundo Paulo Guimarães, secretário de Mobilidade Urbana de São José dos Campos, é que o “usuário pegue seu aplicativo e veja as opções. Pode usar ônibus e bicicleta, ônibus e aplicativo, o que for melhor. O bilhete único será uma conta única digital. Ele tem o crédito e poderá usar em qualquer modal”.

Via: O Globo