Twitter rotulará vídeos com deepfake e outras ‘mídias manipuladas’

A partir de março, vídeos e outras mídias que tiverem sido modificadas para disseminar desinformação na rede receberão tags de aviso e podem ter seu alcance reduzido
Renato Mota04/02/2020 22h12

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Depois do YouTube anunciar que iria remover da plataforma todo conteúdo de desinformação relacionado às eleições nos EUA, agora foi a vez do Twitter comunicar que adicionará etiquetas de aviso aos tweets com deepfakes e outros vídeos enganosos.

A medida entra em vigor a partir do dia 5 de março. Em comunicado, a rede disse que irá adicionar etiquetas de aviso aos tweets que contêm vídeos com “mídia sintética e manipulada” e que os removerá totalmente quando houver probabilidade de “causar danos graves”.

Consultados por repórteres, os executivos do Twitter reafirmaram que sua política abrangeria vídeos editados usando ferramentas de edição mais básicas também, não só os deepfakes que utilizam recursos mais avançados.

“Nossa abordagem não se concentra na tecnologia específica usada para manipular ou fabricar mídia”, disse Yoel Roth, chefe de integridade do Twitter. “Quer você esteja usando ferramentas avançadas de aprendizado de máquina ou apenas diminuindo a velocidade de um vídeo usando um aplicativo de 99 centavos em seu telefone, nosso foco nesta política é observar o resultado, não como ele foi alcançado”.

A empresa pode executar uma série de ações, dependendo do vídeo e do contexto em que é compartilhado. Em alguns casos, os tweets receberão rótulos de aviso que podem aparecer antes que o tweet seja curtido ou retuitado. E, em um movimento semelhante ao Facebook, o tweet também pode estar sujeito a “visibilidade reduzida”.

A medida deve ainda ir além das eleições norte-americanas. “Se a mídia for alterada ou fabricada, independentemente de quem é o indivíduo, essa política ainda se aplicará”, disse Del Harvey, vice-presidente de confiança e segurança do Twitter. “É difícil comentar sobre hipóteses, porque cada instância depende do contexto em torno do tweet, do que está acontecendo no mundo quando é tuitado e assim por diante. Mas essa política se aplica à mídia em geral”.

Via: Mashable

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital