O grupo gestor do Programa de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reuniu-se nesta terça-feira (12) com representantes de políticas públicas e advogados das gigantes da tecnologia. Segundo a assessoria do TSE, representantes do Facebook, Twitter, Google e WhatsApp estiveram presentes. A reunião foi feita para traçar estratégias no combate às fake news, nas eleições municipais de 2020.
De acordo com o Tribunal, os encontros também serviram para aperfeiçoar os canais de comunicação dessas empresas com a Justiça Eleitoral, além de identificar pontos em comum e definir ações concretas dentro da política de moderação e direcionamento de conteúdos de cada plataforma, assim como para potencializar a utilização das evoluções tecnológicas na disseminação de informações oficiais da Justiça Eleitoral.
No mês passado, conforme a nota, as quatro plataformas de redes sociais e de serviço de mensagens assinaram o termo de adesão ao Programa de Enfrentamento à Desinformação e se comprometeram a atuar efetivamente para desestimular ações de proliferação de informações falsas e aprimorar ferramentas de verificação de eventuais práticas de disseminação de desinformação.
As eleições gerais do ano passado foram fortemente marcadas pela disseminação de notícias falsas e com críticas a uma suposta atuação leniente do TSE de combater e inibir a divulgação dessas informações, espalhadas em sua maioria pelas redes sociais. O WhatsApp chegou a admitir o envio ilegal de mensagens durante o período eleitoral.
No mês de outubro, representantes das gigantes da internet já haviam começado a identificar e remover publicações contendo fake news. O Twitter, inclusive, proibiu qualquer tipo de propaganda política em sua plataforma. O Facebook, por sua vez, defendeu o direito à liberdade de expressão, mesmo que isso signifique a propagação de informações falsas.
Estudos mostraram que interferências online afetaram mais de 80% das eleições no mundo. Um dos casos mais emblemáticos é de uma suposta interferência russa nas eleições dos Estados Unidos, em 2016.
Via: Reuters