O Nobel de Química 2019 premiou os três cientistas que inventaram as baterias de íons de lítio. John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino foram os responsáveis pela criação da tecnologia, que é uma das descobertas mais importantes para armazenamento de energia.
Hoje em dia, esse tipo de bateria ainda está presente em celulares, notebooks e até mesmo nos carros elétricos que têm se tornado tendência de transporte em diversos lugares do mundo.
O prêmio de 9 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 3,7 milhões), será dividido entre os três vencedores. Além do dinheiro, o trio vai receber uma medalha com a silhueta de Alfred Nobel e um diploma.
Aos 97 anos, o americano John B. Goodenough passa a ser a pessoa mais velha a ganhar um Prêmio Nobel. Ele ocupa a Cadeira Cockrell em engenharia na Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
O britânico M. Stanley Whittingham, de 77 anos, leciona na Universidade Binghamton e faz parte da Universidade Estadual de Nova York.
O japonês Akira Yoshino, 71 anos, é professor da Universidade Meijo, em Nagoya, no Japão. Além disso, ele é Membro Honorário da companhia Asahi Kasei, em Tóquio.
Confira o momento em que os vencedores foram anunciados:
Criação das baterias
Ao contrário do que se pode pensar, cada um deles teve um papel importante no desenvolvimento da tecnologia, mas eles não a criaram juntos. A descoberta das baterias ocorreu em 1970 por Stanley Whittingham, enquanto buscava desenvolver novas fontes de energia que não dependessem de combustíveis fósseis.
Na década de 1980, John B. Goodenough decidiu tentar utilizar óxido de metal na fabricação das baterias criadas por Whittingham para potencializar sua geração de energia. Com o sucesso do experimento de Goodenough, Akira Yoshino conseguiu criar a primeira versão comercializável das baterias de íons de lítio em 1985.
O resultado do esforço dos três foram baterias recarregáveis mais leves e mais resistentes que as existentes em suas épocas. A tecnologia começou a aparecer para o público em 1991.
Via: G1