Enquanto as frequências dedicadas ao 5G não são leiloadas, a tecnologia começa a dar as caras no Brasil de múltiplas formas. Depois de Claro e Vivo anunciarem redes móveis utilizando a solução de compartilhamento dinâmico de espectro (DSS), agora é a vez da TIM, que lançou redes experimentais voltadas para o oferecimento de internet residencial com 5G.

O experimento acontecerá em três cidades: Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS). A operadora apostará no que é conhecido como FWA na indústria, sigla para Acesso Fixo Sem Fios, que permite oferecer serviços de banda larga para as casas sem depender de cabeamento, aproveitando as altas velocidades proporcionadas pelo 5G. A empresa não anunciou planos de 5G móvel até o momento.

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A TIM também fará uso da tecnologia de DSS. A ferramenta tem se apresentado como a alternativa para o 5G sem frequências específicas. Ela possibilita, com alguns ajustes de software, aproveitar o espectro disponível para o 4G para oferecer velocidades mais altas de conexão. Não é a solução perfeita, mas é uma ponte para as etapas definitivas da tecnologia. A TIM continua defendendo que “5G de verdade só depois do leilão“, indicando que não considera o DSS “5G de verdade”

A implantação da tecnologia, no entanto, atrasou um pouco. A TIM anunciou em julho que pretendia lançar suas primeiras redes 5G nas três cidades em setembro, mas não conseguiu cumprir o prazo, sem explicar qual foi o impedimento. 

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Como informa o site MobileTime, os equipamentos disponibilizados aos consumidores que aderirem ao 5G para banda larga doméstica também serão compatíveis com as novas frequências, de 3,5 GHz e 26 GHz, que serão disponibilizados após o leilão previsto para 2021.

A TIM também anunciou que apostará em internet das coisas para suas iniciativas de 5G. O primeiro passo é o do agronegócio com a iniciativa ConectaAgro, e, na sequência, a companhia espera levar a tecnologia para a área da saúde, facilitando as consultas remotas e a criação de “hospitais digitais”.