O TikTok, aplicativo de vídeo que é sucesso em todo o mundo, vai sair do mercado de Hong Kong, conforme divulgou a ByteDance, desenvolvedora do app. Além disso, os usuários que já tiverem instalado a rede social perderão o acesso a ela. A decisão foi tomada por conta das novas leis de segurança da China, que controla a região.

Apesar de a ByteDance ser uma empresa chinesa, o TikTok não está disponível naquele país. Em seu lugar, os usuários chineses têm acesso ao Douyin, aplicativo bastante semelhante. A companhia também decidiu parar de usar moderadores chineses e afirmou que nenhum dado é armazenado na China. Essas medidas são uma forma de diminuir a desconfiança de outros países, principalmente os Estados Unidos, de que as informações contidas no aplicativo estejam ao alcance do governo chinês.

Porém, apesar de todas as ações para mostrar que isso não acontece, o TikTok ainda está sendo investigado. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que o país “certamente” está analisando banir aplicativos de redes sociais chinesas. Além disso, o Senado dos EUA pediu aos serviços de inteligência uma investigação sobre riscos à segurança nacional em relação ao TikTok. Recentemente, a Índia baniu dezenas de aplicativos de origem chinesa, incluindo o TikTok.

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Desde que ganhou notoriedade, TikTok tem sofrido com dúvidas sobre a segurança de seus usuários. Foto: Alvaro Scola Neto

A ByteDance também não é a única empresa a se distanciar de Hong Kong para evitar problemas. O Facebook anunciou uma “pausa” nas respostas a pedidos de dados da região, mesmo que a nova lei de segurança dê à políca autoridade para tal. A Apple, em contrapartida, cumpriu algumas exigências do governo chinês em relação à região, principalmente com a remoção de um aplicativo de rastreamento de protestos.

Polêmicas

Desde que o TikTok ganhou notoriedade, o aplicativo já se envolveu em diversas polêmicas em relação à segurança dos usuários. A mais recente aconteceu quando uma nova função do iOS 14 revelou que o app registra tudo o que foi copiado para a área de transferência dos smartphones a cada tecla pressionada.

A rede social se justificou que se tratava de um recurso “anti-spam”, com objetivo de detectar comportamentos repetitivos e irregulares. Após a divulgação, porém, uma atualização desabilitou a ferramenta “para eliminar qualquer confusão em potencial”. Além disso, afirmou que o aplicativo para Android não possuía o recurso.

Via: Engadget