A Tesla, que este ano assumiu a posição de montadora mais valiosa do mundo, planeja desembarcar na Índia em 2021, de acordo com o CEO Elon Musk. O setor automotivo do país asiático foi profundamente afetado pela pandemia, e viu suas vendas caírem a zero em abril, mas continua chamando investimentos por ser um dos que mais cresceram nos últimos anos.
A afirmação de Musk foi feita em resposta a uma publicação do Tesla Club India no Twitter. Questionado sobre seu interesse em levar a empresa para o país, o executivo assegurou que vai fazer isso “no próximo ano, com certeza”.
Hey Elon , just thought we’d put this out here. We wait and hang on to hope wrt “hopefully soon” for India Tesla entry. Would love to hear of any progress in this regard. pic.twitter.com/8FNvyqFhIX
— Tesla Club India™ (@TeslaClubIN) October 2, 2020
Vale ficar com um pé atrás, porém. Em 2019, Musk usou quase as mesmas palavras para prometer a entrada da Tesla na Índia em 2020. “Adoraria estar lá ainda este ano [2019]. Caso contrário, definitivamente no próximo!”, disse.
De qualquer forma, este é um momento oportuno para a chegada dos elétricos internacionais no mercado indiano. Nos últimos anos, o primeiro-ministro Narendra Modi tem reforçado a sua ambição de eletrificar, até 2031, a frota do país que, em 2017, tornou-se o 4º maior produtor de carros do planeta.
Elon Musk já havia prometido entrada da Tesla na Índia em 2020. Imagem: Reprodução/Flickr
Mercado asiático
É impossível falar sobre negócios na Ásia sem citar a China, país mais populoso do mundo. A Tesla chegou ao mercado chinês em 2019, e tem se saído bem por lá desde então.
Apenas em agosto, a montadora vendeu 11 mil Model 3 aos consumidores chineses, e planeja expandir sua capacidade de produção em Xangai para veículos Model Y até o fim do ano.
Produção, aliás, que já é grande. Atualmente, a gigafábrica de Xangai tem capacidade para montar 3 mil carros por semana, ou 150 mil por ano. A Tesla já anunciou que vai aumentar a produção anual para 250 mil veículos, bem como instalar linhas para produzir localmente componentes como motores e baterias.
Via: Reuters