Táxi voador registra oferta inicial de R$ 400 milhões

Chinesa Ehang pretende ser a primeira empresa de táxi aéreo autônomo e tornou oferta pública na Nasdaq
Redação04/11/2019 15h42, atualizada em 04/11/2019 16h46

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A empresa chinesa Ehang, que constrói drones grandes o suficiente para transportar pessoas, entrou com documentação na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos para tornar pública uma oferta de ações de US$ 100 milhões. A empresa realizou milhares de voos teste e está se preparando para lançar o primeiro serviço de táxi autônomo do mundo nos próximos meses.

O principal veículo utilizado pelos chineses é o Ehang 216, com capacidade para transportar duas pessoas. Baseado no Ehang 184, ele possui oito braços, o dobro do seu antecessor, o que permite acomodar mais de um passageiro. O modelo foi anunciado em 2018 e passou por diversos voos demonstrativos, incluindo testes pilotados e autônomos.

Recentemente a empresa recebeu aprovação para lançar um serviço de mobilidade aérea em Guangzhou, na China. Como parte do programa, a Ehang está trabalhando com o governo da cidade para estabelecer um centro de controle do tráfego aéreo e supervisionar os veículos autônomos. A companhia pretende usar o programa para testar mais voos e entregar cargas de baixo peso, incluindo sangue e órgãos para uso emergencial.

A Ehang é apenas uma das muitas empresas que acreditam que os carros voadores se tornarão um transporte urbano viável. Existem diversos desafios técnicos e regulatórios que podem atrasar o projeto, mas o grande número de protótipos que já voaram sugere que algum serviço de taxi aéreo vire realidade em breve.

A empresa

Fundada em 2014, a Ehang anunciou seu último financiamento em 2015, quando levantou US$ 42 milhões. A empresa começou sua operação com drones comerciais, e recentemente parou de vender seus produtos nos EUA e na Alemanha por conta da grande concorrência, levando à falência diversas subsidiárias nesses países.

A Ehang aponta a guerra comercial e o uso de poderes de segurança nacional para proibir empresas chinesas de vender nos EUA, como fatores de risco para suas operações, alertando que os veículos aéreos autônomos podem acabar na lista negra.

Além disso, a empresa não é lucrativa. No primeiro semestre de 2019 teve uma perda líquida de US$ 5,5 milhões. Cerca de 45% da sua receita depende exclusivamente de um cliente. Esse número sobe para 66% considerando seus dois principais compradores. A própria Ehang afirma que seria “afetada negativamente” se um desses clientes parasse de comprar seus produtos. Outro ponto que pode afetar a empresa são os eventuais acidentes com veículos aéreos autônomos, mesmo que de suas concorrentes.

Em uma entrevista ao The Verge, o diretor de marketing Derrick Xiong disse que o principal desafio da Ehang no momento é enfrentar a aceitação social de veículos voadores e autônomos. “Precisamos aumentar o número de passageiros em teste de 200 para 2.000, para 20.000”, concluiu.

Via: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital