A capacidade de viralização do TikTok vem incomodando algumas empresas de tecnologia, que vêm lançando produtos similares para competir à altura com o rival chinês. Depois do Instagram Reels, agora é a vez do Snapchat aparecer com o “Spotlight”, uma nova função que destaca os principais vídeos publicados pela sua comunidade.
O Spotlight funciona de forma bem similar ao TikTok, ao separar e exibir os conteúdos mais populares do Snapchat em um carrossel. O material é mostrado ao usuário independente de ele seguir ou não o autor daquele vídeo. O interessante é que a novidade permite, ao menos em teoria, que todos os usuários do Snapchat consigam viralizar seus vídeos (ao contrário de apenas os maiores criadores de conteúdo da plataforma). O TikTok já consegue fazer isso, ao exibir no feed principal, vídeos com poucas curtidas e compartilhamentos.
O envio é facilitado pela interface de usuário do Snapchat: você grava um novo vídeo, clica em “enviar” e uma opção nomeada Spotlight será exibida. E pronto, sua publicação será postada no Spotlight. Vale lembrar que o Snapchat vai avaliar todo o conteúdo enviado, a fim de que esteja em conformidade com suas práticas de conduta – uma das regras é que você tenha pelo menos 16 anos.
Assim como no TikTok, sua conta no Snapchat não precisa ser pública para que você envie um Spotlight.
Crescimento do TikTok
O crescimento do TikTok é um atestado de como as empresas – sobretudo, companhias ocidentais – estão revisando a capacidade de seus próprios produtos de viralizar entre a demografia jovem e adulta.
O app criado pela chinesa ByteDance apresentou crescimento vertiginoso nos últimos quatro anos: no último bimestre de 2016, o TikTok contava com 21,3 milhões de usuários, ao passo que, no mesmo período em 2019, esse número saltou para 219 milhões. Em fevereiro de 2020, um levantamento da plataforma de análise Statista registrou US$ 50,4 milhões em gastos advindos dos usuários.
O Snapchat já disponibilizou o Spotlight para a Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Irlanda, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido e Suécia. Outros mercados devem receber a nova função “logo”, segundo promessa da empresa.
Fonte: Fast Company