As eleições municipais brasileiras estão chegando e as redes sociais podem se tornar canais propagadores de fake news. Para evitar a disseminação de inverdades que podem ser danosas ao processo eleitoral, as plataformas, com exceção do WhatsApp, estão recebendo denúncias de publicações com informações falsas da mesma forma que permitem que publicações ofensivas envolvendo xenofobia, racismo e nudez não consentida sejam denunciadas.
Dados equivocados sobre as votações, bem como orientações potencialmente perigosas, podem interferir gravemente nas eleições. O WhatsApp, que conta com uma dinâmica de rede social um pouco diferente das demais, criou um canal específico de diálogo e denúncias com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As outras plataformas, no entanto, lidam com isso internamente.
Confira como proceder em cada uma das principais redes sociais:
Para conversar com o TSE, é preciso adicionar o número +55 61 9637-1078 a sua lista de contatos. O serviço também pode ser acessado por meio deste link no computador. O TSE recomenda o canal para o envio de informações acerca das denúncias, mas vale lembrar que só aceita texto, as imagens, apesar não serem úteis em um primeiro momento, devem ser armazenadas para solicitações posteriores.
É também pelo WhatsApp do TSE que os eleitores podem obter informações corretas sobre o pleito eleitoral.
As denúncias de possíveis disparos em massa feitos a partir do WhatsApp devem ser enviadas neste link especificamente.
Facebook e Instagram
Para fazer denúncias nestas redes sociais, o processo continua o mesmo. Basta clicar nos três pontos que aparecem sempre no canto superior direito de publicações no Facebook e no Instagram. Você não encontrará a opção “fake news”, nem nada parecido, mas se o conteúdo violar as regras das plataformas, ele pode ser denunciado mesmo assim.
Para que os usuários estejam por dentro das boas práticas no Facebook, a rede social criou uma página oficial intitulada Facebook para governo, política e defesa de interesses sociais. Por meio da página é possível entender o que os candidatos e partidos estão aptos a fazer na plataforma.
Além disso, propagandas políticas estão sendo marcadas, desde agosto, com etiquetas de “Pago por” ou “Propaganda Eleitoral”.
Denunciar um conteúdo no Twitter também é bem simples. No canto superior direito de cada tuíte há uma pequena seta apontando para baixo que, quando selecionada, oferece diversas opções, entre as quais está a de “Denunciar Tweet”. Assim como no Facebook e Instagram, não há uma opção “fake news”, mas basta que o tuíte viole as regras da plataforma para ser excluído.
Segundo o Twitter, a rede social vai remover informações falsas ou enganosas que têm como intuito minar a confiança do público nas eleições ou em qualquer outro processo cívico. Estão sob observação informações falsas que podem causar confusão sobre as leis e regulamentos de um processo cívico ou sobre pessoas responsáveis e instituições que executam esses processos cívicos; afirmações contestadas que podem minar a fé no próprio processo; e alegações enganosas sobre os resultados ou o resultado de um processo cívico.
TikTok
No TikTok o processo de denúncia também é o mesmo para conteúdos eleitorais ou não, basta denunciar o vídeo como potencialmente danoso para as políticas da rede social.
Quando se deparar com um vídeo que contém fake news, toque no ícone para “Compartilhar” ou “Enviar” no canto inferior direito para “Relatar” o conteúdo como parte de “Informações enganosas”.
Há, também, um canal do TSE na plataforma chamado TSEJus, no qual é possível encontrar informações oficiais sobre as eleições.
Via: Folha de S.Paulo