Os tempos de sinalizar pelo “campeão” estão acabando. Isso porque, em breve, restaurantes e bares terão robôs-garçom. Um dos principais modelos do mercado, a Penny, da Bear Robotics, começará a ser produzida em larga escala após receber um investimento de US$ 32 milhões.
Hoje em sua segunda geração, a Penny consegue levar pratos e bebidas até a mesa dos clientes, usando suas múltiplas bandejas e sem esbarrar em objetos ou pessoas. O robô anda sozinho pelo salão do restaurante e é equipado com uma bateria que dura de oito a 12 horas.
“É uma tecnologia autônoma que foi adotada para o espaço interno, para que navegue com segurança do ponto A ao ponto B. Um funcionário coloca a comida na Penny e ela encontra uma maneira de chegar à mesa”, afirmou John Ha, fundador e CEO da Bear Robotics. “Muitos robôs de aparência semelhante têm pontos cegos, mas o nosso não. Ele pode detectar as mãos de um bebê no chão e algo tão fino quanto uma carteira que caiu da mesa de alguém”.
A empresa não usa braços robóticos por não ser algo 100% seguro em um espaço lotado. “O material – plástico – é seguro, fácil de limpar e capaz de trabalhar com os desinfetantes e detergentes usados em restaurantes. Também tivemos que garantir que as rodas não acumulassem resíduos de alimentos, pois isso causaria problemas com o departamento de saúde”, explicou o CEO.
Para John Ha, seu robô não vai tirar empregos de humanos. Segundo ele, a ideia é que Penny faça o “trabalho pesado”, enquanto os garçons humanos se concentram em “passar mais tempo com os clientes”.
“Nossos dados mostram que a Penny aumentou o tempo dos garçons com os clientes em 40% e recebeu avaliação positiva de 95%”, escreveu Ha em uma rede social. Segundo ele, o índice de rotatividade de emprego em restaurantes é bastante alto (cerca de 75% nos EUA). Por isso, a Penny pode ser uma boa saída para muitos empresários.
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— Mike Quindazzi ✨ (@MikeQuindazzi) November 15, 2019
Por enquanto, a Penny não vai substituir totalmente os humanos, já que não consegue servir ou retirar os pratos das mesas. Além disso, falta o toque humanizado: Penny não pode sorrir, dar bom dia ou anotar pedidos específicos como “sem cebola”.
Via: UOL