Review do Predator Helios 300: notebook gamer da Acer impressiona

Notebook gamer da Acer não decepciona em praticamente nenhum aspecto ao trazer uma boa configuração e acabamento de primeira. Veja nossa análise!
Alvaro Scola19/08/2020 18h40, atualizada em 19/08/2020 20h10

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A Acer é uma marca com bastante tradição no mercado de computadores e periféricos para eles. Por sua vez, algo deles que faz bastante sucesso é a sua linha gamer, que conta com notebooks bem potentes e hardwares de última geração.

Já o Predator Helios 300 é justamente um destes notebooks, que vem com uma placa de vídeo GeForce RTX 2060 e um processador i7 da nona geração sendo destinado para os gamers. O Olhar Digital recebeu uma unidade deste notebook da Acer para testes e conta em detalhes o que achou dele nesta análise. Confira!

Design, acabamento e conexões

Assim como a maioria dos notebooks gamers, o Predator Helios 300 não é um produto pequeno, mas traz um acabamento premium a e alguns detalhes visuais para ficar com aquele ar um tanto futurista. Estando disponível na cor preta, o que mais chama a atenção no produto é o logo da marca, que fica em sua tampa com duas listras azuis ao seu lado, além de suas bordas perto do seu sistema de resfriamento.

Reprodução

O Predator Helios 300 pesa aproximadamente 2,4 Kgs e apesar de ser grande, ele não chega a ser tão grosso ou pesado em comparação a alguns outros notebooks gamers que já avaliamos, mesmo tendo um hardware bem robusto. De forma geral, no dia a dia, você não conseguirá segurá-lo confortavelmente em apenas uma mão para utilizá-lo, mas conseguirá transportá-lo em uma mochila sem maiores problemas.

Já ao abrir o notebook, mais uma vez, você notará nele alguns detalhes futuristas e até mesmo o logo da marca, que fica estampado abaixo de sua tela e em uma “tecla” do teclado, que serve para chamar os programas da marca quando o Predator Helios 300 está ligado. Algo que consideramos bonito aqui, sendo até mesmo um diferencial, é que o touchpad e alguns conjuntos de teclas como o “WASD” tem um acabamento diferenciado, que pode não fazer diferença na prática, mas deixa o produto mais bonito.

Reprodução

Em relação ao teclado, inclusive, fica um elogio para além dos detalhes, o seu conforto e backlight. Não apenas isso, diferente de muitos outros notebooks gamers, felizmente, o Predator Helios 300 adotou o padrão ABNT2. Já o seu touchpad faz um bom serviço e responde bem aos comandos, mas acaba sendo “muito sensível” as vezes.

Enquanto a parte traseira do notebook fica destinada para uma solução de resfriamento, nas suas laterais estão presentes as conexões, que vem em uma boa quantidade para ninguém deixar de conectar algo essencial. São elas:

  • 1 entrada para cabo de rede;
  • 3 portas USB 3.0;
  • 1 porta USB C;
  • 1 saída HDMI;
  • 1 saída Displayport;
  • 1 entrada para fones de ouvido.

Na questão visual, realmente, não existe nenhum ponto para reclamar do Predator Helios 300. Enquanto o seu peso é praticamente opadrão que vemos em seu segmento, a Acer realmente caprichou nos seus detalhes e na forma de posicionar as suas conexões e saída de ar.

Tela

Para a questão de sua tela, o Predator Helios 300 traz um painel IPS de 15,6 polegadas com a taxa de atualização de 144 Hz. Aqui, mais uma vez, a Acer fez um bom serviço e a tela deste notebook consegue oferecer um bom ângulo de visão e um nível de brilho alto. Não apenas isso, devemos ressaltar, mesmo usando este notebook em ambientes com uma iluminação forte, nenhum reflexo acaba sendo visto na tela.

Reprodução

A questão da taxa de atualização ser mais alta, é claro, acaba sendo muito bem vinda principalmente para quem gosta de jogos online e procura ser competitivo neles. Assim, esse notebook pode ser altamente recomendado para jogadores de games do gênero FPS e Moba.

Já em relação aos detalhes, vale notar, as bordas da tela do Predator Helios 300 não são muito finas, mas não prejudicam em nada a experiência.

Especificações técnicas, desempenho e autonomia

Por se tratar de um notebook gamer, é claro, o Predator Helios 300 traz uma configuração bem robusta e, mesmo tendo um processador da nona geração da Intel (já estamos na décima), ele consegue rodar bem os jogos. Antes de entrarmos nos detalhes de seu desempenho e dos testes realizados com ele, veja a sua ficha técnica:

  • Processador i7 9750H;
  • 16 GB de memória RAM DDR4 (expansível até 32 GB);
  • Placa de vídeo RTX 2060 com 6 GB de memória;
  • SSD de 256 GB PCIe NVMe M2;
  • HD de 2 TB 5.400 RPM.

No quesito de performance, como você pode imaginar pela configuração acima, o Predator Helios 300 faz bonito para rodar alguns jogos bem pesados. No The Witcher 3, o desempenho do Predator Helios 300 foi excelente, mas não foi possível rodá-lo na taxa de quadros máxima que a tela do notebook pode oferecer. Com os gráficos configurados para o ultra e o “limitador de quadros” do jogo desabilitado, The Witcher 3 obteve uma taxa de média de 66 quadros por segundo. Ou seja, apesar de ele não atingir a taxa máxima de quadros possível, ainda é possível jogar bem com os gráficos dele no máximo sem ter muitos stutterings notáveis.

Reprodução

Já o nosso segundo teste foi no Destiny 2, que rodou bem com as suas configurações gráficas no máximo, mas que fez o computador esquentar bastante. Nele, a temperatura chegou perto dos 90º 90ºC, mas isso não é um problema grave, já que esta temperatura ainda está dentro dos padrões impostos por sua fabricante. No caso desse jogo, infelizmente, não foi possível usar o MSI Afterburner (programa para monitoramento do hardware) devido ao seu sistema anticheat, mas novamente, nós sentimos que o jogo ainda não estava com a taxa de 144 quadros por segundo.

Nos testes feitos no Red Dead Redemption, foi possível jogar o game até mesmo na configuração “Ultra”, mas a taxa média de quadros estável, mas abaixo da casa dos 60 quadros por segundo. Nesse caso, inclusive, vale notar, o notebook não esquentou e o uso do processador ficou apenas em torno de 70%, enquanto a GPU teve um uso aproximado de 96%, o que indica que ela seria a causa da taxa de quadros mais baixo. Já ao diminuir o nível de alguns recursos como TAA, qualidade de sombras, a taxa de quadros do jogo foi mantida praticamente o tempo inteiro na casa dos 60 quadros por segundo.

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Em nosso último teste de benchmark feito com a ferramenta Cinbench R20, o Predator Helios 300 alcançou a marca de 2.663 pontos.

Já na questão autonomia, o Predator Helios 300 acaba oferecendo uma autonomia de aproximadamente 5 horas de uso, que podem variar de acordo com a sua atividade, ou seja, ele está apenas dentro da média da maioria dos notebooks e não surpreende neste quesito.

Sistema

Por padrão, o Predator Helios 300 vem com o Windows 10 Home e com alguns aplicativos pré-instalados. Alguns deles, felizmente, são bem úteis e trabalhados podendo deixar você fazer desde o simples monitoramento de temperatura do notebook até um overclock.

Reprodução

Inclusive, um elogio fica aqui para o controle de iluminação RGB do notebook feito através do Predator Sense (visto na imagem acima), que pode trocar facilmente as cores do backlight do teclado. Ainda no mesmo “Predator Sense”, você também controla outros aspectos importantes do produto como fazer o overclock da GPU e o definir a velocidade das ventoinhas para obter melhores temperaturas.

Já do lado negativo, é preciso dizer que o Predator Helios 300 também vem com certos programas pré-instalados que podem não ser úteis para todos. Entretanto, vale notar, eles podem ser desinstalados diretamente pelo Windows sem ter que fazer nenhum procedimento arriscado ou que faça você perder a garantia do produto.

Preço e disponibilidade

O Predator Helios 300 já foi lançado de forma oficial no Brasil, sendo que o modelo testado por nós em lojas varejistas fica com o preço em torno de R$ 9.999,00.

Conclusão

No que diz respeito ao hardware e qualidade para rodar os jogos mais recentes e pesados, não tem como reclamar muito do Predator Helios 300. Apesar de nem sempre conseguir oferecer a maior taxa de quadros que o seu monitor suporta, o notebook é capaz de rodar praticamente qualquer jogo com as suas configurações no máximo sem lentidões e com uma boa qualidade.

O seu acabamento, também vale notar, é bonito e conta com aquele ar meio futurista, que chama a atenção e agrada aos gamers. Já os pontos que gostaríamos que fossem melhorados, primeiro, fica por conta do seu sistema de resfriamento, que apesar de fazer um bom serviço, é um pouco barulhento e ainda deixa o notebook esquentar levemente. O segundo ponto fica por conta da autonomia do notebook, que poderia ser um pouco maior.

Editor(a)

Alvaro Scola é editor(a) no Olhar Digital