7 recursos que gostaríamos de ver no próximo iPhone

5G, leitores de impressões digitais sob a tela, compatibilidade com a Apple Pencil, tela sem notch... são muitas as tecnologias já existentes que a Apple pode adotar para deixar o iPhone ainda melhor
Rafael Rigues12/09/2019 13h57, atualizada em 12/09/2019 14h18

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Quando o primeiro iPhone foi lançado, em 2007, ele estava tão à frente dos concorrentes, que alguns deles, como a Blackberry, chegaram a duvidar que o aparelho realmente funcionasse como prometido. Durante alguns anos, os fabricantes tiveram que correr atrás e trabalhar duro para produzir um aparelho que fosse capaz de concorrer com o produto da Apple, algo que só aconteceu com o surgimento do Samsung Galaxy S, em 2010.

Mas, aí algo interessante aconteceu: com um mercado disputado a tapas, as centenas de fabricantes de aparelhos Android tiveram de apostar rapidamente em novos recursos para se diferenciar da concorrência, algo que fez com que começassem a adotar novas tecnologias antes da Apple, como foi o caso do 4G.

Como resultado, os smartphones Android acabam servindo como “campo de provas” para muitas tecnologias que ainda não estão disponíveis para a turma da Maçã. Neste artigo vamos falar de sete das mais interessantes. Quem sabe elas apareçam nos iPhones de 2020

Suporte a 5G

Esse é um clássico exemplo da Apple aguardando uma tecnologia ficar mais “madura” antes de adotá-la. As redes 5G ainda estão em sua infância, portanto com a cobertura e alcance limitados, mas não podemos negar que elas são o futuro das telecomunicações. Concorrentes como a Samsung, LG, OnePlus, Xiaomi e outras já possuem aparelhos 5G no mercado, e muitos outros estão a caminho.

A Apple adquiriu este ano todas as patentes, tecnologia, e até mesmo os funcionários da divisão da Intel que trabalhavam no desenvolvimento de modems 5G. Embora isso não signifique um real modem 5G “by Apple” em breve, confirma o interesse da empresa pela tecnologia. A Qualcomm, que fornece os modems utilizados nos iPhones, já tem modems 5G no mercado.

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Aparelhos como o Galaxy Note 10 já tem uma versão 5G

Leitor de impressões digitais sob a tela

Concordamos que o Face ID é rápido e preciso, mas, cá entre nós, às vezes é mais prático esticar a mão pro lado e tocar no sensor que levantar o smartphone e posicionar o rosto para ler rapidinho algo na tela. Praticamente todos os “carros-chefe” deste ano dentre os Android possuem um sensor de impressões digitais integrado sob a tela, seja de tecnologia óptica, que “fotografa” o dedo e compara com os dados registrados; ou ultrassônica, que usa ondas sonoras pra “mapear” o relevo dos dedos.

Nada impede que a Apple adote a tecnologia e ofereça os dois métodos de identificação em um futuro próximo. Na verdade, há rumores de que ela irá fazer exatamente isso. Quanto mais opções de segurança o usuário tiver, melhor.

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Leitores de impressões digitais sob a tela são comuns entre os Android

Telas sem notch

A Apple inventou o “notch” quando lançou o iPhone X, em 2017. Foi a forma que a empresa encontrou para, com a tecnologia da época, esticar ao máximo a tela sem sacrificar o espaço necessário para o conjunto de sensores que compõem o sistema Face ID, além do alto-falante e câmera frontal.

Não demorou muito para os fabricantes Android imitarem o notch, e na sequência encontrar meios de reduzí-lo ainda mais, ou mesmo eliminá-lo por completo. O LG G8 ThinQ, por exemplo, adotou um sistema que faz a tela inteira vibrar, produzindo assim, o som, dispensando a necessidade do alto-falante frontal.

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Aparelhos como o OnePlus 7 Pro usam uma câmera frontal retrátil para evitar o notch ou buracos na tela

Samsung e Motorola usam “buracos” na tela para abrigar as câmeras frontais. Outras fabricantes, como a Redmi, possuem câmeras motorizadas, que se escondem no interior do aparelho quando não estão em uso. E algumas, como a Xiaomi e Oppo, já estão em busca de uma forma para ocultar a câmera atrás da tela, sem qualquer necessidade de abrigar a lente em um “buraco”.

Carga reversa

A Apple adotou a tecnologia de carregamento sem fio (baseada no padrão Qi) com o iPhone 8, mas até hoje ignora a tecnologia de carregamento reverso, que tem se tornado cada vez mais popular entre os modelos de Android.

Basicamente, ela permite que o smartphone funcione como um powerbank sem fio, transferindo energia da bateria para acessórios, como fones de ouvido wireless ou, em uma emergência, até mesmo um outro smartphone.

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Carregamento reverso é uma boa solução para quem usa acessórios como fones de ouvido sem fios

Apple Pencil

Em 2011 a Samsung adicionou uma caneta a um smartphone e criou o Galaxy Note, que deu origem a toda uma família de dispositivos que tem fãs fervorosos até hoje. Você pode não achar “grande coisa”, mas para muitos, a S Pen, nome dado à caneta do Galaxy Note, é o principal motivo para investir no aparelho.

Já a Apple tem a Apple Pencil, um lápis digital extremamente versátil e preciso, compatível com vários modelos de iPad. Mas, por algum motivo, a empresa reluta em adicionar a tecnologia necessária para suportar o acessório nos iPhones.

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A Apple já tem uma excelente “caneta”, a Apple Pencil. Só falta integrá-la ao iPhone

Com sua de 6.5 polegadas, um iPhone 11 Pro Max com uma Apple Pencil seria um bom concorrente do Galaxy Note 10. Provavelmente, a relutância em adotar o acessório seja um resíduo da opinião de Steve Jobs, que ao apresentar o primeiro iPhone disse “ninguém quer uma caneta”.

Mais zoom óptico

Os iPhone 11 Pro e 11 Pro Max têm lentes com zoom óptico de 2x, mas dá pra ir além. O Huawei P30 Pro tem zoom óptico de 5x, que combinado ao zoom digital pode resultar em um zoom “híbrido” de até 50x. Seria mais um motivo para deixar a câmera digital em casa nas viagens, se é que você ainda carrega uma.

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O Huawei P30 Pro tem zoom óptico de 5x

Atualização rápida de tela

Tradicionalmente, smartphones atualizam a imagem na tela 60 vezes por segundo, ou seja, uma frequência de 60 Hertz. Mas, ao longo deste ano, começaram a surgir aparelhos nesse mercado, inicialmente voltados aos gamers, capazes de atualizar a tela com frequências mais altas, como 90 ou até mesmo 120 Hertz. O benefício disso é uma movimentação muito mais suave da imagem em animações, jogos ou mesmo operações simples como rolar uma página web.

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Smartphones para gamers, como o ASUS RoG Phone 2, atualizam a tela a até 120 Hz para tornar a movimentação da imagem mais suave

A Apple já tem uma tecnologia que permite a atualização da tela com frequência variável de acordo com a necessidade; até 120 Hertz, por exemplo, quem usa o iPad Pro. Seria uma questão de “adaptar” a tecnologia para uso no iPhone.

É possível que isso ainda não tenha sido feito por uma questão de gerenciamento de energia: uma tela que é atualizada com mais frequência consumirá mais energia, como descobriram os usuários do OnePlus 7 Pro, que ativaram o modo de 90 Hz na tela de seus aparelhos.

E você, que tecnologia gostaria de ver no próximo iPhone? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital