Testamos o caríssimo iPhone X; veja

Renato Santino22/11/2017 18h32

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A Apple lançou neste ano o iPhone X, a maior revolução no design de seus celulares desde o iPhone 6. Com uma tela que cobre a parte frontal inteira do aparelho e um design inteiro de vidro e aço inoxidável, o dispositivo realmente tem o aspecto digno de um celular de US$ 1.000, com o preço sugerido no Brasil chegando aos R$ 7.600. E embora leve algum tempo para se acostumar a navegar pelo seu sistema sem o tradicional botão Home, ele deve ser o aparelho ideal para os fãs da Apple com dinheiro de sobra.

Durante o uso, o aspecto mais notável de seu design é a pequena borda superior que cobre um pedaço da tela. Ela parece um pouco estranha no começo, mas não chega a atrapalhar a usabilidade. Por mais diferente que ela seja, ela deve ser um detalhe de construção com o qual os fãs da empresa se acostumarão rapidamente. A traseira de vidro do dispositivo também é muito bonita, mas acumula muitas impressões digitais, além de ser um ponto de fragilidade.

Destravar a tela com a Face ID é tão simples quanto parece. Cadastrar o próprio rosto leva menos de um minuto, e depois que isso é feito, o iPhone X se destrava de maneira automática sempre que detecta que o dono está olhando para ele. O conteúdo de notificações de aplicativos como o WhatsApp também fica escondido até que o dono olhe para o dispositivo, o que também ajuda a espantar bisbilhoteiros. Não tivemos a oportunidade de testar o aparelho no escuro ou em um ambiente externo, mas ao menos na sala em que o testamos, o recurso não deixou nada a desejar.

As câmeras sempre são um ponto forte dos iPhones e a do iPhone X é ainda melhor. As lentes dela são capazes de transformar mesmo cenas e objetos corriqueiros em verdadeiras obras de arte. E o celular ainda tem um recurso exclusivo de pós-processamento de imagens que permite alterar as condições de luz delas. Com ele, é possível emular as condições de luz de estúdios fotográficos, por exemplo, e com isso gerar imagens deslumbrantes. Esses recursos também funcionam na câmera frontal do dispositivo, o que permite tirar selfies bem legais.

Outro recurso exclusivo do dispositivo são os Animojis, emojis que podem ser animados pelos usuários. O celular faz isso cruzando os dados captados pelo seu leitor facial com alguns modelos tridimensionais de emojis. Com isso, é possível gravar e enviar vídeos de até 10 segundos aos seus contatos. O recurso pode não ser particularmente útil, mas é muito divertido.

A maior diferença entre o iPhone X e os outros aparelhos da Apple é a ausência de um botão físico na parte frontal. Sem ele, a navegação pela iOS é feita totalmente por meio de gestos, e leva algum tempo para se acostumar com eles. Alguns deles têm uma diferença bem sutil entre si, e são fáceis de se confundir. Por exemplo: deslizar para baixo a partir do lado direito da tela traz a Central de controle, mas se o mesmo gesto for feito a partir do lado esquerdo, o que aparece é a central de notificações. Leva algum tempo para se acostumar a essas mudanças.

Por mais que o iPhone X seja tão diferente, ele ainda é bem parecido com os outros iPhones. Quem estava esperando uma grande revolução nos celulares da Apple talvez fique um pouco decepcionado. Mas mesmo com o pouco tempo que passamos com ele, fica claro que ele é a expressão máxima de alguns princípios de design que a empresa vem perseguindo há anos. E quem quiser ter o melhor iPhone disponível no mercado vai sentir que vale a pena investir nele.

ModeloiPhone X
ProcessadorApple A11 “Bionic” hexa-core
RAM3 GB
ArmazenamentoDe 64 GB a 256 GB
Tela5,8 polegadas, 1125×2436 pixels
(proporção 19,5 por 9, 458 dpi)
Câmeras traseiras12MP com abertura de f/1.8 +
12MP teleobjetiva com abertura de f/2.4
Ambas com estabilização óptica
Câmera frontal7MP com abertura de f/2.2
Bateria2716 mAh

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital