Na semana passada, dois executivos do alto escalão da Morgan Stanley, instituição financeira americana presente em mais de 40 países, foram demitidos por usarem o WhatsApp para se comunicare. De acordo com a empresa, o uso do aplicativo não está em conformidade com as regras de comunicação institucional.
O banco não teve acesso às informações que foram trocadas pelo mensageiro, nem sabe se elas tinham cunho profissional. No entanto, a organização mantém regras bem claras para os funcionários, mesmo para uso geral e pessoal destes apps.
Principalmente em Wall Street, que é o coração financeiro de Nova York, o WhatsApp tem sido motivo de apreensão, devido à sua criptografia de ponta a ponta. Segundo as organizações financeiras, esta tecnologia torna difícil o rastreamento de mensagens trocadas pelo aplicativo, o que pode comprometer a segurança das informações.
As financeiras de Wall Street temem pela segundaça das informações trocadas pelo WhatsApp. Foto: iStock/Lazy_Bear
Apesar de o banco não dar uma resposta oficial para o assunto, fontes internas dizem que Nancy King, responsável global por commodities, e Jay Rubenstein, responsável por trading de commodities, foram os autuados na violação.
King trabalhava há 34 anos na empresa e já foi considerada a mulher mais graduada de todo Wall Street. Já Rubenstein estava há 13 anos na Morgan Stanley e deixa um cargo que assumiu em junho de 2019.
Não é a primeira vez
No começo deste ano, outros funcionários foram penalizados pelo banco pelo mesmo motivo. A Morgan soube que o corretor de crédito Edward Koo usava o WhatsApp para se comunicar e, então, o colocou em licença compulsória enquanto investigava o assunto.
A instituição concluiu que ele não só usava o mensageiro, como também havia criado um grupo para conversar com outros profissionais sobre o mercado financeiro. Como punição, a instituição decidiu pela demissão de Koo e suspensão do pagamento de bônus dos outros envolvidos no caso.
Fonte: Business Insider