“PewDiePie”, nome pelo qual o youtuber mais bem pago do mundo, Felix Kjellberg, é conhecido, finalmente se posicionou a respeito da recente polêmica envolvendo seu canal no YouTube. Nesta semana, a Disney anunciou que cortou investimentos no canal PewDiePie, ao passo em que o Google decidiu cancelar a série do vlogger na plataforma por assinatura YouTube Red e tirá-lo de seu programa de patrocínio premium.
O aparente “boicote” se deve a uma série de vídeos postados por Kjellberg nos últimos meses. Em um dos vídeos, homens pagos pelo youtuber aparecem segurando uma placa em que se lê “morte a todos os judeus”. Em outro, um homem fantasiado de Jesus diz que “Hitler não fez nada de errado”.
O youtuber postou nesta quinta-feira, 16, um vídeo, intitulado “Minha Resposta“, em que ele pede desculpas e também critica a cobertura sobre o assunto na mídia. O vídeo tem 11 minutos de duração, dos quais Kjellberg reserva uma parte para reconhecer o que ele chama de “erro”.
“Eu sinto muito pelas palavras que eu usei, porque sei que elas ofenderam pessoas”, disse Kjellberg. “Eu admito que a piada em si foi longe demais. Eu acredito fortemente que se pode fazer piada com qualquer coisa, mas também acredito que existe o jeito certo e o jeito que não é o melhor para se fazer piada.”
PewDiePie também diz que já cometeu “erros como esse” e que manterá essa experiência em mente “para o futuro”. Contudo, durante todo o restante do vídeo, Kjellberg critica “a mídia” e, especialmente, o The Wall Street Journal – jornal que publicou a primeira reportagem a respeito do caso – pela forma como o assunto foi retratado.
Kjellberg diz que a imprensa tem o hábito de “esfregar na cara” que ele é o youtuber mais bem pago do mundo. “Dinheiro é a única coisa pela qual eu já fui reconhecido. E não estou dizendo isso para me colocarem num pedestal, só estou dizendo isso para dar um exemplo, mas eu literalmente já levantei milhões de dólares para caridades. E isso raramente é comentado”, afirma o vlogger.
No vídeo, PewDiePie ainda diz que a reportagem do The Wall Street Journal “forçou” a Disney a cortar relações comerciais com seu canal mostrando para eles as referências antissemitas em seus vídeos. No entanto, o youtuber garante que essas imagens foram “tiradas de contexto” para representá-lo “como um nazista”.
“Essa coisa toda foi um ataque contra mim. Foi um ataque da mídia para tentar me difamar, para tentar reduzir minha influência e meu valor econômico”, conclui Kjellberg, dizendo que “eles é quem estão normalizando o ódio”. “Eu ainda estou aqui, eu ainda faço vídeos. Boa tentativa, Wall Street Journal. Tentem de novo, filhos da p…”.