Na manhã desta terça-feira, 14, a Disney anunciou que cortou suas relações comerciais com “PewDiePie”, o youtuber mais bem pago do mundo, dono de um canal com mais de 53 milhões de assinantes. Em seguida, o Google também decidiu cortar investimentos com o apresentador.
O aparente “boicote” se deve a uma série de vídeos polênicos postados pelo youtuber sueco, cujo nome verdadeiro é Felix Kjellberg. Em um dos vídeos, homens pagos por Kjellberg aparecem segurando uma placa em que se lê “morte a todos os judeus”. Em outro, um homem fantasiado de Jesus diz que “Hitler não fez nada de errado”.
Há vídeos com exposição da suástica, com fotos de Adolf Hitler e até com o hino do Partido Nazista. Após o anúncio de que a Disney não mais investiria no canal de Kjellberg, o Google disse que a série mantida pelo sueco no YouTube Red (serviço por assinatura que oferece vídeos exclusivos e navegação sem anúncios) foi cancelada.
No YouTube Red, PewDiePie apresentava a série “Scare PewDiePie”, um programa de humor produzido pelo criador dos quadrinhos de “The Walking Dead”, Robert Kirman. Além de ter sua série cancelada, Kjellberg também foi removido do Google Preferred, um programa de anúncios mantido pelo Google em que a empresa investe do próprio em dinheiro nos canais mais influentes do YouTube.
Em comunicado, o Google não comentou as referências antissemitas nos vídeos de PewDiePie. Em vez disso, a empresa se limitou a dizer apenas o seguinte: “Decidimos cancelar o lançamento da segunda temporada de ‘Scare PewDiePie’ e estamos removendo o canal PewDiePie do Google Preferred”. Já a Disney foi mais diretamente ao assunto (saiba mais).
Segundo o Wall Street Journal, o Google tinha proibido Kjellberg de fazer publicidade em ao menos um dos vídeos em questão, e mais tarde o próprio youtuber retirou três das nove publicações polêmicas. Em uma rede social, o youtuber chegou a reconhecer que passou da linha em alguns desses vídeos, mas, sem admitir culpa, disse que “de forma alguma” apoia o antissemitismo ou o nazismo.
Via Polygon