De acordo com dados extraídos de um relatório de transparência do Google, a empresa está processando semanalmente uma média de 24.119.797 pedidos de remoções de links por relação com pirataria. Esse número representa o dobro da média semanal do Google no ano passado.
Segundo o TorrentFreak, esse resultado continua uma longa série de aumentos exponenciais no número de solicitações desse tipo processadas pela empresa. Em 2011, por comparação, a empresa recebeu um total de dez milhões de solicitações semelhantes; atualmente, esse é o volume de solicitações que o Google processa em três dias.
Comparando os números atuais com os daquele ano, o resultado é um aumento de mais de cem vezes no volume de pedidos de censura a links por relação comconteúdo protegido por leis de monopólio intelectual. Apenas em 2016, já foram mais de meio bilhão de links. O gráfico abaixo mostra esse aumento ao longo dos últimos três anos:
Problema
É fácil perceber que o aumento monstruoso de pedidos de censura a links por relação com pirataria representa um problema considerável para o Google. A empresa é obrigada a responder a essas solicitações para não arriscar um processo por parte de agências reguladoras de leis de monopólio intelectual dos Estados Unidos. Ainda segundo o TorrentFreak, 91% dos pedidos de remoção terminam com o apagamento dos links dos resultados de busca do Google.
Isso dificulta que usuários do buscador tenham acesso a sites que compartilham cultura, conhecimento e outras informações restritas por leis de proteção a monopólio intelectual. Fazer isso, no entanto, exige uma quantidade considerável de trabalho e poder de processamento do Google.
Um agravante é o fato de que, frequentemente, essas solicitações são feitas sem qualquer tipo de cuidado. Em alguns casos, as empresas solicitam a remoção de links que levam para seus próprios sites; em outros, elas ainda inventam links falsos para aumentar o número de denúncias, o que pode acabar dando mais dinheiro a pessoas e empresas que são pagas por link encontrado.