Google já removeu mais de meio bilhão de links piratas em 2016

Redação18/07/2016 12h49

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De acordo com dados analisados pelo TorrentFreak, o Google já removeu de seus resultados de busca mais de quinhentos milhões de links a filmes, textos e músicas protegidos por direitos de monopólio intelectual. A remoção de links é feita pela empresa em resposta ao DMCA – Digital Millenium Copyright Act, uma leu americana que criminaliza a disponibilização online de conteúdos desse tipo.

O número representa uma espécie de recorde, já que a empresa levou o ano todo para atingir essa marca em 2015. Caso o ritmo de remoção de links se mantenha, é provável que o Google chegue a remover mais de um bilhão de links “piratas” até o fim de 2016.

Segundo a empresa, mais de 98% dos links reportados como “piratas” de fato contém infrações a leis de monopólio intelectual e são removidos. Um documento publicado pela empresa (pdf), no qual ela explica como combate a “pirataria”, sugere que todo o processo de remoção de links leva apenas cerca de seis horas atualmente. Isso pode ter contribuído para o aumento enorme de solicitações de remoções de links nos últimos anos, que pode ser visto no gráfico abaixo:

Reprodução

Acima, é possível ver que o número de solicitações de remoções de links que a empresa processa por semana mais que quadruplicou nos últimos quatro anos. Para o Google, esses dados, junto com a agilidade em lidar com essas solicitações, mostram que o sistema funciona.

“Conforme a internet segue crescendo rapidamente, e como novas tecnologias tornam mais rápido e barato para que os detentores dos direitos e agentes da lei detectem essas infrações, podemos esperar que esse número continue a crescer”, diz a empresa.

Insatisfeitos

No entanto, segundo o TorrentFreak, mesmo a rapidez de resposta do Google não é suficiente para satisfazer os detentores de monopólios intelectuais sobre filmes, música e textos. Pouco tempo depois da publicação do relatório do Google, a indústria musical britânica desprezou o documento.

Geoff Taylor, o CEO do grupo BPI (da indústria fonográfica britânica), manteve uma postura contrária ao buscador. “Embora nós nos alegremos com as medidas que o Google já tomou até agora, ele ainda é um dos principais possibilitadores da pirataria na internet”, argumentou.

Diversas medidas contrárias a pirataria já são utilizadas no Google e no Youtube para satisfazer os interesses de executivos das indústrias fonográfica e cinematográfica. O Reino Unido, contudo, tem uma postura particularmente reacionária com relação a crimes contra lei de monopólio intelectual, chegando a cogitar impor penas de até 10 anos de cadeia por infrações dessas leis.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital