Barack Obama aproveitou sua última viagem internacional como presidente dos Estados Unidos para abordar o problema que não para de bater à porta de Mark Zuckerberg: a grande quantidade de informações duvidosas que circulam pela rede social.
Ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, Obama lembrou que vivemos um tempo em que há muita desinformação em atividade. “E ela está embalada tão bem e parece igual [a uma notícia verídica] quando você a vê numa página do Facebook ou liga a sua televisão.”
“Se tudo parece a mesma coisa e nenhuma distinção é feita, então nós não saberemos o que proteger”, continuou ele. “Não saberemos pelo que lutar.”
(A partir dos 48 minutos do vídeo)
A declaração de Obama faz gancho com as reclamações de que a quantidade exagerada de notícias falsas presentes no Facebook pode ter influenciado no resultado da eleição que culminou na escolha de Donald Trump como próximo presidente do país. Zuckerberg se pronunciou a respeito da polêmica, negando a relação das duas coisas, mas nem seus funcionários o apoiam, tanto que vários deles formaram um grupo que pretende desafiar suas declarações.
Nesta semana, um estudo revelou que, no momento mais importante da campanha eleitoral, as notícias falsas ganharam mais destaque na rede social do que as verdadeiras. E, como as principais mentiras eram favoráveis a Trump, é provável que a rede social tenha sido usada para converter votos.
Apesar das negativas de Zuckerberg, o Facebook admitiu que tem um problema e anunciou que proibiria esses links de usar suas plataformas de publicidade — seguindo iniciativas do Google, que tinha acabado de avisar que faria o mesmo, já que esse tipo de conteúdo também ganha bastante força no seu mecanismo de busca.
Via Recode