Anualmente, a Neuralink, startup de biotecnologia de Elon Musk, realiza um evento para mostrar seus avanços. Neste ano, isso vai acontecer nesta sexta-feira (28) e Musk promete mostrar um “dispositivo Neuralink funcionando”. O evento tem início às 19h no horário de Brasília e vai ser transmitido ao vivo pelo Olhar Digital.

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No ano passado, a empresa mostrou uma “máquina de costura” para inserir eletrodos semelhantes a fios no cérebro humano, que se conectam a um dispositivo usado atrás da orelha. Os sinais cerebrais podem ser transmitidos por Bluetooth, permitindo que a pessoa controle um computador ou monitore a atividade cerebral.

Para o evento de sexta, Musk afirmou que a tecnologia mostrada seria “incrível” se comparada com o que já foi mostrado até agora. “Não quero ficar muito animado, mas o potencial é verdadeiramente transformador para restaurar as funções cerebrais e motoras”, tuitou no início do ano. É esperado que, após todos esses meses, a startup tenha feito ainda mais progresso neste sentido.

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O principal objetivo da Neuralink é ajudar pessoas amputadas a restaurar a capacidade de ver, falar e ouvir. Segundo Elon Musk, “um macaco foi capaz de controlar um computador com seu cérebro”. Além disso, no mês passado, o executivo sugeriu que os dispositivos serão capazes de incitar a liberação de hormônios, como ocitocina e serotonina, além de reproduzir músicas diretamente no cérebro dos usuários.

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Dispositivo da Neuralink pode restaurar funções cerebrais e motoras. Foto: iStock

Testes em humanos 

“O profundo impacto de uma interface neural de grande largura de banda e alta precisão é subestimado”, disse Musk durante uma sessão de perguntas e respostas sobre a empresa. “A Neuralink pode ter isto já neste ano. Só precisa ser inequivocamente melhor do que o Utah Arrah, que já é usado em alguns humanos e tem limitações severas”.

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O Utah Array é uma pastilha de silício contendo 100 “agulhas” com cerca de 3 mm de comprimento. Quando implantado no cérebro ele permite “escutar” a atividade dos neurônios na região, além de enviar comandos na forma de impulsos elétricos, e pode ser usado no estudo e tratamento da epilepsia. Entretanto, sua instalação é um processo delicado, que requer remoção de parte dos ossos do crânio.

Via: Engadget