Motorola Razr acumula problemas em seus primeiros dias no mercado

Primeiras pessoas a terem acesso ao dispositivo relataram falhas na tela do dispositivo
Renato Santino08/02/2020 01h41

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O Motorola Razr, o primeiro celular com tela dobrável da empresa, começou a ser vendido nesta semana pelo mundo, e já há alguns relatos que levam a questionar a durabilidade do aparelho.

Primeiro, o relato mais evidente foi o da CNET, que realizou um teste com um robô que tinha como objetivo abrir e fechar o celular 100 mil vezes. Quando o contador bateu em 27 mil, a dobradiça parou de funcionar adequadamente, dificultando o fechamento do aparelho e fazendo com que o mecanismo começasse a ranger com o movimento. Com uma média de 80 olhadas no celular por dia, isso seria o equivalente ao celular apresentar problemas após aproximadamente um ano de uso.

No entanto, há outros casos preocupantes além do teste da CNET. Algumas das pessoas que colocaram as mãos no aparelho publicaram vídeos no Twitter mostrando a dobradiça do celular começando a ranger com pouco tempo de uso, ou emitindo um barulho de clique a cada vez que o aparelho é fechado, que não deveria acontecer.

Da mesma forma, começaram a aparecer fotos de aparelhos de demonstração, disponíveis para experimentação do público em lojas e quiosques da Motorola, que já estão dando sinais de desgaste. Isso inclui linhas verdes aparecendo sem motivo no painel, telas que piscam quando não deveriam e até mesmo uma unidade que teve a película plástica destacada, que mostra o quão fácil isso pode acontecer. Vale lembrar que a Samsung decidiu interromper o lançamento do Galaxy Fold ao perceber que a película de proteção do aparelho era facilmente entendida pelo usuário como algo descartável.

Reprodução

Como nota o site Ars Technica, há ainda o problema de que o painel não é completamente acoplado ao perímetro do celular, o que faz com que ele fique exposto a poeira e detritos, que podem entrar por baixo da tela e causar danos definitivos. Esse foi outro defeito do Galaxy Fold que a Samsung precisou resolver antes de colocá-lo no mercado, e que a Motorola parece ter ignorado durante seu lançamento.

A Motorola sabe que o novo Razr é frágil, inclusive. A empresa deixou claro em um vídeo que espera que saliências e protuberâncias apareçam na tela dos celulares, e recomenda que os aparelhos sejam tratados com cuidado pelos clientes

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital