Milhares de produtos na Amazon foram declarados perigosos ou de risco

Agências reguladoras dos EUA identificaram listagens de mercadorias de baixa qualidade ou ilegais, vendidas em sua maioria por terceiros
Redação04/09/2019 12h39, atualizada em 04/09/2019 14h17

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Ao contrário do que os consumidores podem pensar, a Amazon não é uma instituição singular. A grande maioria dos itens na loja online não é vendida pela própria empresa, e sim por milhares de vendedores externos, quase anônimos. No entanto, agora foi descoberto que muitos desses estão anunciando produtos potencialmente perigosos.

Uma investigação do Wall Street Journal na semana passada encontrou mais de 4.100 produtos disponíveis na Amazon – desde capacetes de moto até brinquedos infantis – que foram ” declarados como perigosos pelas agências federais, rotulados de forma enganosa ou proibidos pelos órgãos reguladores federais”. Em um período de aproximadamente quatro meses, o Wall Street Journal descobriu:

  • 157 listagens de produtos que haviam sido indicados como “banidos da plataforma”.
  • Mais de 100 listagens de produtos que afirmam falsamente ser “aprovados pela FDA (órgão norte-americano equivalente à Anvisa)”.
  • 80 colchões infantis com descrições assustadoramente semelhantes às que a Amazon proibiu após a FDA alertar que poderiam causar asfixia.
  • Mais de 2.000 brinquedos sem etiquetas de aviso apropriadas.
  • 44 listagens de capacetes para motos que, segundo o Wall Street Journal, não passaram nos testes de segurança federais em 2018.

Uma boa parte das listagens detalhadas na reportagem vieram de milhares de fornecedores terceirizados. Apesar desses representarem a maior parte das vendas no site, eles são um problema para a Amazon quando o assunto é a venda de mercadorias ilegais ou de baixa qualidade. Os produtos falsificados estão espalhados pelo site, e a gigante de varejo dos EUA em 2016 chegou a dar os primeiros passos para combater essa prática, no entanto apenas a própria Amazon poderia retirar as listagens apontadas como falsas.

Em 2019 a empresa anunciou o “Project Zero”, que visava permitir que as marcas retirassem itens falsificados da loja usando a ajuda do Aprendizado de Máquina.

Depois da reportagem do Wall Street Journal, a empresa de varejo supostamente removeu ou reformulou 57% destas listagens. “Investimos recursos significativos para proteger nossos clientes e criamos programas robustos projetados para garantir que os produtos oferecidos para venda em nossa loja sejam seguros e compatíveis com os regulamentos”, escreveu a empresa em uma publicação em seu blog.

Apesar disso, os investigadores do veículo afirmaram que duas semanas depois do ocorrido “pelo menos 130 itens com as mesmas violações de política reapareceram, alguns vendidos pelos mesmos fornecedores identificados anteriormente pelo Journal em diferentes listagens”.

Via: Gizmodo

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital