Google, Apple e Amazon são, hoje, grandes líderes do setor de tecnologia, mas como eram essas empresas há 20 anos, quando não havia smartphones? O site Mashable resolveu fazer uma visita a 1999 e observar como a evolução se deu. A comparação com o presente chega a ser assustadora.
Google: ainda uma criança, mas com muito potencial
Em 1999, você podia acessar o Google.com.br para procurar algo na internet, mas a versão da ferramenta há duas décadas era muito mais limitada. Uma visita ao Wayback Machine, que guarda um enorme arquivo da web, revela um logotipo um pouco diferente, mas ainda reconhecível.
A história do Google é muito mais interessante nos bastidores. Em 1998, os co-fundadores Larry Page e Sergey Brin foram impedidos de comprar o nome de domínio que agora é onipresente. Até a metade de 1999, a empresa tinha apenas oito funcionários e procurava um novo lar após deixar sua sede original: uma garagem em Menlo Park, na Califórnia.
O Google se instalou, primeiramente, em um espaço de escritório em Palo Alto. Logo depois, mudou-se para Mountain View, onde ainda está, depois de 20 anos e muito lucro e crescimento. Enfim com uma casa fixa, o Google terminou 1999 com US$ 25 milhões em financiamento externo. A empresa levou, então, menos de uma década para deixar de ser somente um mecanismo de pesquisa e virar um titã, com Gmail, YouTube e Android em seu nome.
Apple: dias de luta, dias de glória
Em 1999, a Apple era completamente diferente do Google. A marca por trás do Macintosh já existia há mais de duas décadas, mas seu domínio no setor de computadores domésticos havia diminuído no fim do milênio. O Windows, da Microsoft, explodiu na década de 90 e a Apple não conseguiu competir à altura com outros produtos — como a linha de message pads Newton.
O cenário começou a mudar em 1997, quando a marca trouxe de volta o co-fundador Steve Jobs para ser seu CEO — depois de ele ter ficado 12 anos longe da empresa. Era o início do processo que tornou a Apple a gigante dos dias de hoje. O lançamento do iMac, em 1998, provocou a revolução. E, no ano seguinte, as icônicas máquinas ainda receberam cinco novas cores.
O evento mais notável da Apple em 1999 foi o lançamento do iBook, o antecessor do MacBook, que tinha design de concha. Seu recurso mais inovador, entretanto, foi a capacidade de se conectar à internet sem fio — afinal, ainda era 1999. O furacão Apple iria ainda mais longe nos anos seguintes: até 2007, lançou iTunes, Safari, iPod, MacBook e iPhone.
Amazon: Jeff Bezos por toda parte
No fim dos anos 90, a Amazon estava no meio da construção de seu império de varejo online. O ex-vice-presidente de fundos especulativos Jeff Bezos havia iniciado a empresa como uma livraria online cinco anos antes e a tornado pública em 1997.
Amazon e Bezos continuaram sua ascensão ao longo de 1999. As duas grandes novidades do ano foram a criação do sistema de compra com um clique e o início do zShops, espaço no site em que qualquer um podia vender seus próprios itens. Hoje chamado de marketplace, o serviço é parte fundamental da experiência moderna da Amazon.
No meio de tanto sucesso, houve uma parceria ousada, porém frustrada, com a Sotheby’s. A Amazon se conectou à empresa de leilões na esperança de competir com o eBay, mas o serviço foi encerrado alguns anos depois.
Ainda assim, 1999 foi um ano de sucesso para a Amazon. O varejo online se tornou mais legítimo do que nunca e Bezos foi nomeado como Pessoa do Ano pela revista Time. E ele brilharia ainda mais nos anos seguintes, apesar das muitas críticas. Bezos se tornou o homem mais rico do mundo, mas viu acusações de condições desumanas de trabalho nas instalações da Amazon rechearem os jornais.
Fonte: Mashable