Máscara que inibe 99% do coronavírus tem eficácia comprovada pela USP

Testes realizados no laboratório da Instituto de Ciências Biológicas comprovaram que a Oto Mask, da Elka, inibe, em até dois minutos, mais de 99% do Sars-Cov-2
Redação14/09/2020 23h10, atualizada em 15/09/2020 11h27

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Logo que a pandemia ganhou corpo, a Elka, uma das principais indústrias nacionais, apresentou o seu modelo de máscara facial batizado de Oto Mask. A promessa era de que o produto feito a partir de elastômero termoplástico com aplicação do antimicrobiano NanoxClean era eficiente na proteção contra a Covid-19, inibindo mais de 99% do Sars-Cov-2, vírus que causa a doença, com um tempo de exposição mínimo de dois minutos.

No fim de agosto, graças a testes realizados no laboratório do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) veio a confirmação: o produto realmente cumpre o que promete. “Em 40 dias estávamos com o protótipo pronto e em menos de quatro meses recebemos esta grande notícia”, diz, sem esconder a empolgação, o empresário Eduardo Kapaz Júnior, diretor Comercial e de Marketing da Elka.

Reprodução

Máscaras podem ser equipadas com dois tipos de filtros (SMS e PFF2). Crédito: Elka/Divulgação

Nas laterais da máscara encontram-se dois filtros da Fitesa, com capacidade para reter poeira, aerossóis e agentes biológicos. Os filtros SMS são recomendados para uso em idas a supermercados, farmácias e para trabalhadores do comércio e escritórios. Já os PFF2 (ou N95) se destinam a profissionais da saúde ou àqueles que  exercem atividades industriais que exijam proteção máxima.

Parcerias de fabricação

No desenvolvimento da Oto Mask, a Elka contou com a parceria da Nanox, empresa derivada do laboratório de inovação e pesquisa em materiais da Universidade de São Carlos (UFSCar). Outra importante colaboração veio do IEC Partners, que nasceu em 2011, em Boston, como International Entrepreneurship Centre.

“O antimicrobiano à base de prata NanoxClean, que faz parte da composição da Oto Mask, atua desativando a estrutura e o metabolismo da membrana lipoproteica do agente viral e impede sua replicação e ação no nosso organismo”, explica Daniel Minozzi, diretor de Operações da Nanox.

Além das micropartículas de prata, há também o reforço de sílica, reconhecida também por sua ação antimicrobiana. Outra vantagem é que a máscara pode ser esterilizada e reutilizada. Graças ao seu caráter impermeável, basta uma lavagem simples, com água e sabão.

O produto já se encontra disponível para venda em drogarias e outros estabelecimentos. No site da Elka, o preço da máscara é de R$ 39,99; e o custo do pacote com 20 refis varia de R$ 14,99 (SMS) a R$ 19,99 (PFF2).

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital