Lente de contato inteligente pode ajudar pacientes com deficiências visuais

Utilizando LCD, a invenção simula a íris humana, controla o tamanho das pupilas e rege o nível de entrada de luz
Redação14/09/2020 15h19, atualizada em 14/09/2020 17h22

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Cientistas do IMEC, uma central de inovação na Bélgica, em parceria com universidades ao redor da Europa, desenvolveram o protótipo de uma lente de contato inteligente que pode auxiliar pessoas com deficiência visual através de nanotecnologia.

A nova lente é sintonizável com a abertura da íris, algo possível graças ao uso integrado de nanotecnologia de iiquid-crystal display, o famoso LCD, que manipula as camadas concêntricas do olho.

Além disso, a criação utiliza uma bateria de baixo consumo, que permite seu uso durante um dia inteiro sem a necessidade de recarga.

“Ao combinarmos nosso conhecimento em eletrônicos miniaturizados flexíveis, economia de bateria e integração híbrida, nós demonstramos capacidade de desenvolver soluções para pessoas que sofrem com aniridia, aberrações ópticas ou fotofobia, um sintoma comum, mas debilitante em muitas doenças neuro-oftalmológicas”, afirmou o professor Andrés Vasquez Quintero, líder da pesquisa.

“Nossas lentes de contato inteligentes podem reger o nível de entrada de luz, simulando a íris humana e expandindo a profundidade de campo, através do controle automático do tamanho da pupila. Nós acreditamos que essa tecnologia pode superar as utilizadas atualmente no combate de deficiências visuais.”, completou o pesquisador.

Reprodução

A lente de contato inteligente pode ser a solução para diversas deficiências visuais. Créditos: Lifeliteracy/Shutterstock

O plano dos pesquisadores do IMEC é transformar o protótipo em um dispositivo médico e lançá-lo no mercado. O próximo passo para isso é a etapa de testes em voluntários, que pode validar o funcionamento da lente.

A nanotecnologia na medicina

A criação das novas lentes de contato são apenas um exemplo do crescente uso de nanotecnologia na área médica.

Uma equipe de pesquisadores ingleses e chineses, por exemplo, criou nanorobôs que, controlados de forma remota, são capazes de navegarem por fluidos humanos e podem ser orientados a administrar remédios em locais específicos. A tecnologia poderia auxiliar tratamentos complicados, como a quimioterapia, os tornando mais seguros e menos dolorosos aos pacientes.

A nanotecnologia também está atuando no combate ao Covid-19, aqui mesmo no Brasil A empresa paulista Nanox desenvolveu um tecido com micropartículas de prata na superfície, que se demonstrou capaz de inativar o Sars-Cov-2.

Apesar de ainda parecer algo presente apenas na ficção científica, a nanotecnologia está cada vez mais integrada em nossa realidade e auxiliando em avanços medicinais importantes para o futuro.

Fonte: ZDNet

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital