Em outubro passado, duas mulheres despertaram ira e desconfiança quando anunciaram planos de lançar um aplicativo que permitiria fazer avaliações sobre pessoas conhecidas, mesmo se elas não estivessem cadastradas no serviço. Cinco meses se passaram e, apesar da polêmica inicial, o app foi colocado no ar.

O serviço se chama Peeple e está disponível, por ora, apenas na App Store da Apple. Ele possibilita a aplicação de níveis de recomendação a pessoas em três esferas: pessoal, profissional e amorosa.

A ideia é que a pessoa possa usar suas avaliações para construir uma reputação, o que melhoraria o nível de suas conexões virtuais e das oportunidades de emprego. Também funciona para o lado oposto, com os usuários consultando os perfis alheios para entender se vale a pena se envolver com outros que aparecem no Peeple.

O Peeple saiu das cabeças de Julia Cordray e Nicole McCullough. Quando anunciaram o desenvolvimento, ambas enxergavam o app como uma espécie de Yelp para pessoas, mas a resposta foi tão negativa que elas resolveram aplicar alterações no conceito do produto – mesmo estando a meses do lançamento.

O produto que chegou agora deixa as pessoas darem de uma a cinco estrelas a contatos encontrados no Facebook e na agenda do celular. A possibilidade de avaliar quem não pediu para entrar permanece, mas essas pessoas têm como controlar quais recomendações sobre elas podem se tornar públicas.

As desenvolvedoras insistem que o Peeple é focado em positividade e que, por obrigar os usuários a se conectar via Facebook e a informar um número de celular, ele não poderá ser usado para bullying. O que os internautas pensam, entretanto, é o oposto. A página da empresa no Facebook está cheia de gente prevendo chuvas de processos.

Chegando ao Brasil, pode ser que o app (que pode ser baixado aqui) tenha vida curta, uma vez que sua premissa lembra um pouco a do Lulu. Em agosto, as desenvolvedoras rechaçaram a comparação, mas o Lulu chegou a ser banido no Brasil justamente por permitir que mulheres dessem notas a homens que não pediram para entrar no serviço.