Além de dar notas a restaurantes, hoteis, filmes e serviços, um novo aplicativo propõe que as pessoas passem a atribuir notas umas às outras.”As pessoas investigam tanto quando compram um carro ou tomam esse tipo de decisão. Por que não fazer o mesmo tipo de pesquisa em outras áreas da vida?”, questiona Julia Cordray, uma das fundadoras do aplicativo. “Ele é como um feedback. As pessoas realmente podem usá-lo para seu proveito”, explica.

O Peeple quer, por exemplo, que o usuário dê uma nota de uma a cinco estrelas para ex-namorados, colegas de trabalho e até vizinhos. Será possível ainda escrever comentários nas classificações. Para adicionar alguém, é preciso ter o número do celular da pessoa em sua agenda de contatos. 

As relações entre as pessoas são classificadas em três tipos: pessoal, profissional e romântica.  

Polêmica
Não é possível sair do aplicativo – uma vez que alguém cadastra uma avaliação sobre outra pessoa, o nome permanece no serviço para sempre, a menos que a indicação viole os termos do site. Para evitar a propagação do ódio na rede, o app funciona somente mediante conexão no Facebook e quem avalia alguém deve ter mais de 21 anos e usar seu nome real.

As avaliações negativas ficam em espera por 48 horas, para que o usuário citado saiba antes dos outros. As avaliações positivas são postadas imediatamente.

Questionada sobre os possíveis perigos e a possibilidade de a ideia ser avaliada como invasiva, Cordray afirma que não vê nenhuma razão porque alguém poderia não querer “mostrar seu caráter” na rede. Já Nicole McCullough, a outra fundadora do Peeple, defende outra utilização do app, mais focada na segurança: mãe de duas crianças, ela conta que se se preocupa com os filhos e que gostaria de saber quem são os seus vizinhos, para saber se é possível encontrar pessoas confiávies na região.

Lulu
Dar notas às pessoas usando aplicativos não é novidade. Em 2013, o Lulu, um app que permitia que as mulheres dessem notas a amigos, conhecidos e ex-namorados, atribuindo hashtags que definissem sua personalidade. O app chegou a ser proibido no Brasil, acusado de  “ofender direitos da personalidade de milhões de usuários do sexo masculino”, de acordo com o Ministério Público. 

Apesar das comparações, as desenvolvedoras garantes que o Peeple é totalmente diferente. “Como duas mulheres empresárias empáticas no espaço de tecnologia, queremos espalhar o amor e a positividade. Vamos trabalhar com ponderação”, promete Cordray.

O Peeple será lançado oficialmente em novembro. 

Via WashingtonPost