O fundador e CEO da AmazonJeff Bezos, anunciou nesta segunda-feira (17) que fará uma doação de US$ 10 bilhões para combater as mudanças climáticas. O ato marca um dos maiores comprometimentos filantrópicos já feitos por uma única pessoa, no que diz respeito ao desafio ambiental (ainda que seja a pessoa mais rica do mundo).

“Esta iniciativa global financiará cientistas, ativistas, ONGs – qualquer esforço que ofereça uma possibilidade real de ajudar a preservar e proteger o mundo natural”, afirmou Bezos em uma publicação no Instagram que revela o ‘Bezos Earth Fund’.

O CEO também é dono do jornal The Washington Post e da Blue Origin, empresa que desenvolve foguetes de uso comercial. A Amazon, fundada por ele em 1994, é avaliada atualmente em mais de US$ 1 trilhão.

 
 
 
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Today, I’m thrilled to announce I am launching the Bezos Earth Fund.⁣⁣⁣ ⁣⁣⁣ Climate change is the biggest threat to our planet. I want to work alongside others both to amplify known ways and to explore new ways of fighting the devastating impact of climate change on this planet we all share. This global initiative will fund scientists, activists, NGOs — any effort that offers a real possibility to help preserve and protect the natural world. We can save Earth. It’s going to take collective action from big companies, small companies, nation states, global organizations, and individuals. ⁣⁣⁣ ⁣⁣⁣ I’m committing $10 billion to start and will begin issuing grants this summer. Earth is the one thing we all have in common — let’s protect it, together.⁣⁣⁣ ⁣⁣⁣ – Jeff

Uma publicação compartilhada por Jeff Bezos (@jeffbezos) em17 de Fev, 2020 às 10:00 PST

Ao que tudo indica, o dinheiro será doado a pesquisadores e grupos de defesa, em vez de investi-los em startups ou outros empreendimentos com fins lucrativos que lidam com as mudanças climáticas. Todo o valor sairá de sua fortuna pessoal, que gira em torno de US$ 131 bilhões, e não dos cofres da Amazon.

O impacto desses fundos dependerá diretamente da forma como o dinheiro será aplicado. Bezos disse que começará a emitir doações em junho, mas não forneceu detalhes adicionais sobre as áreas específicas em que pretende se concentrar.

Bezos havia sido criticado recentemente por conta de sua doação de “apenas” US$ 690 mil para ajudar nos combates aos incêndios na Austrália. O valor equivale ao que o CEO ganhou a cada cinco minutos em 2018. Uma atitude mais firme do presidente da Amazon em questões filantrópicas pode ter sido motivada pela cobrança dos próprios funcionários da companhia, ativistas e especialistas.

Apesar da ação ser aparentemente positiva, ela foi criticada por conta das condições de trabalho nos galpões da Amazon. Segundo o escritor James Bloodworth, autor de uma investigação dos centros de distribuição da empresa, “há relatos críveis de funcionários de galpões da Amazon que moram em tendas porque não conseguem bancar um aluguel com seus salários”.

Via: BBC Brasil