Irã apresenta um novo robô humanoide

Surena IV pode se equilibrar em um pé só, segurar objetos frágeis, imitar movimentos humanos e escrever seu próprio nome
Rafael Rigues19/02/2020 13h41

20200219105221

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Pesquisadores do Centro para Sistemas e Tecnologias Avançadas (CAST), na Universidade de Teerã, no Irã, anunciaram o desenvolvimento de uma nova geração de seu robô humanoide. Batizado de Surena IV, o robô pode se equilibrar em um pé só, segurar objetos frágeis como uma garrafa de água, imitar os movimentos de um humano, escrever seu próprio nome e operar ferramentas como uma furadeira.

De acordo com o Dr. Aghil Yousefi-Koma, professor de engenharia mecânica e líder do projeto, “aprimorar a interação do robô com o ambiente foi um dos principais objetivos do projeto Surena IV”, que ocupou uma equipe de 50 pesquisadores durante os últimos quatro anos.

A primeira geração do Surena, batizado em homenagem a um general do império parta que derrotou uma invasão romana em 53 A.C., tinha membros com apenas 8 graus de liberdade (DoF – Degrees of Freedom) e usava rodas nos pés para se locomover. A segunda geração, de 2010, tinha 22 DoF e era capaz de caminhar e ficar em um pé só. A terceira, de 2015, tinha 31 DoF e podia subir escadas e chutar uma bola.

O Surena IV tem 43 DoF, e graças ao uso de materiais mais leves e atuadores feitos sob medida consegue ser menor e mais leve que a geração anterior. Ele tem 1,7 metro de altura e pesa 68 quilos, contra 1,9 metro e 98 quilos do Surena III. Duas câmeras compõem o sistema de visão, e o robô é equipado com sistemas de reconhecimento de voz e de conversão de texto para fala, permitindo que se comunique com as pessoas ao seu redor. O sistema operacional é o ROS – Robot Operating System, um projeto Open Source

O Prof. Yousefi-Kuma afirma que o Surena IV deve ser visto como um “símbolo do avanço da tecnologia em direção à paz e à humanidade”, e espera que ele ajude a inspirar as pessoas sobre as possibilidades da robótica.

Fonte: IEEE Spectrum

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital