Na terça-feira (13), a Apple apresentou seus novos iPhones que, pela primeira vez, terão compatibilidade com a tecnologia 5G. Porém, uma das coisas que chamou a atenção do público durante a apresentação foi o fato de alguns aparelhos possuírem um recorte em sua lateral. Segundo a própria empresa, trata-se de uma “janela” no corpo do aparelho para a antena de 5G mmWave.
Na web, somente os aparelhos no site dos EUA terão o recorte e compatibilidade com o 5G mmWave. No site brasileiro, por exemplo, os dispositivos aparecem sem a janela. Em relação à compatibilidade com o 4G e o futuro 5G brasileiro, não há preocupações.
Segundo o próprio site da companhia, os novos aparelhos têm compatibilidade com as bandas 4G usadas pelas operadoras brasileiras atualmente (n1, n3, n5, n7 e n28). Quanto ao 5G, os novos smartphones também podem operar com as frequências de 2,3GHz e 3,5GHz (n40, n77 e n78), as quais serão leiloadas pela Anatel em 2021.
Versão americana x versão mundial; note o recorte na lateral direita do aparelho, abaixo do botão power. Créditos: Apple/Reprodução
A aparente preocupação da Apple com a força do sinal tem explicação. As ondas milimétricas do 5G mmWave trazem as maiores vantagens do 5G: velocidades maiores e a capacidade para muitos dispositivos se conectarem juntos. O problema é que essas ondas trabalham em frequências extremamente altas, entre 24 e 60 GHz, e, quanto maior a frequência da onda, menor a penetração de sinal. É por isso que as antenas mmWave usarão algoritmos mais eficientes para que os pulsos de sinais realizem uma rota que evite ao máximo obstáculos físicos.
Por ser provavelmente de plástico, o recorte no corpo do aparelho deve permitir que o sinal chegue com mais facilidade, já que, sem a janela, os pulsos teriam que atravessar o corpo de alumínio ou aço do aparelho. Além disso, seu design pode ter como objetivo possibilitar que os usuários consigam ver a posição da antena e assim evitem segurar o smartphone nesta região, permitindo que o dispositivo receba o máximo de sinal possível.
O novo iPhone 12
Os novos modelos da marca da maçã estarão disponíveis em quatro versões: iPhone 12 Mini, iPhone 12, iPhone 12 Pro e iPhone 12 Pro Max, com preços entre US$729 até US$1.100. O destaque fica por conta do suporte à rede 5G em todos os aparelhos. As quatro versões são equipadas com o novo chipset A14 Bionic da Apple, com CPU e GPU (4 núcleos) 50% mais velozes que a geração anterior, segundo a empresa.
A maior novidade da linha, o iPhone 12 Mini tem um display de 5,4 polegadas. Os iPhone 12 e Pro vêm com tela de 6,1 polegadas, e o Pro Max tem um painel de 6,7 polegadas. Todos contam com a nova proteção Ceramic Shield, que aumenta em quatro vezes a resistência a quedas. Os modelos Pro vêm com câmera traseira tripla com um sensor LIDAR, enquanto os outros dois trazem apenas um conjunto duplo.
iPhone 12 Pro e Pro Max têm lateral em aço inoxidável. Créditos: Apple/Reprodução
Uma novidade polêmica foi a remoção dos adaptadores de tomada e dos fones de ouvido. Segundo a companhia, muitos consumidores já utilizam fones sem fio e já existem muitos adaptadores de tomada disponíveis. Com a remoção dos itens, as embalagens dos aparelhos podem ser menores, enviando-se mais em um único pacote e reduzindo a pegada de carbono da empresa. Os aparelhos ainda serão enviados com cabos Lightning USB-C.
Outra novidade foi a incorporação da tecnologia MagSafe, primeiramente vista nos MacBooks. Com ela, além do carregamento sem fio, acessórios podem ser colocados na traseira do dispositivo, como capas e até uma mini carteira. Os iPhone 12 e 12 Pro chegam às lojas primeiro, com a pré-venda sendo iniciada já na próxima sexta-feira (16). Os iPhone 12 Mini e 12 Pro Max estão previstos para novembro. A Apple ainda não confirmou datas e preços para o Brasil.
Fonte: TheVerge