Intel, Qualcomm e outras fabricantes de chips se unem contra Huawei

Depois que o governo norte-americano proibiu o comércio com a Huawei, várias fabricantes de chips pararam de negociar com a chinesa. O Google foi o primeiro a se distanciar da marca
Redação20/05/2019 11h47, atualizada em 20/05/2019 12h16

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Depois que o Google suspendeu o suporte ao Android em smartphones da Huawei, grandes fabricantes de chips também decidiram se alinhar ao decreto dos EUA. O documento proíbe que as empresas do país façam negócios com a companhia chinesa.

A Bloomberg informa que a Intel, a Qualcomm e a Broadcom, três das principais fornecedoras de chips do mundo, já cortam relações com a Huawei com efeito imediato. Além disso, a alemã Infineon Technologies, a Micron Technology e a Western Digital (especializada, principalmente, em unidades de armazenamento) também suspenderam as vendas para a fabricante chinesa.

A fonte da Bloomberg diz que os funcionários dessas empresas foram informados de que os contratos com a Huawei estão suspensos até novo aviso. Enquanto a Intel fornece chips para servidores e processadores para laptops, a Qualcomm vende modems e outros processadores. Nesse último caso, porém, a Huawei está mais protegida, pois desenvolve e fabrica processadores e modems móveis.

A Bloomberg também sugere que a companhia chinesa já se preparava para o isolamento e, por isso, estocou o equivalente a três meses de chips. Isso é tempo suficiente para decidir se a medida atual é apenas para assustar ou uma imposição permanente do governo dos EUA.

O jornal japonês Nikkei avalia que as empresas europeias de tecnologia podem seguir os passos das norte-americanas. “A Infineon interrompeu o embarque [de semicondutores], mas vai ter reuniões esta semana para discutir [a situação] e avaliar”, disse uma fonte à publicação. Outra que discutirá as transações com a Huawei esta semana é a franco-italiana ST Microelectronics.

O esforço do governo dos EUA para marginalizar a Huawei está em andamento há algum tempo: no ano passado a empresa foi rejeitada sem cerimônia ao tentar entrar no mercado de telefonia do país. A escalada atual é parte de uma disputa comercial cada vez mais hostil entre a administração Trump e o governo chinês, em que o primeiro tenta forçar uma renegociação do relacionamento entre eles.

Já prevendo essa “guerra comercial”, a Huawei tem desenvolvido alternativas para o Android e o Windows. A atitude se prova cada vez mais acertada, especialmente agora que o Google já cedeu ao governo norte-americano e a Microsoft pode seguir os mesmos passos em breve.

Via: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital