Depois de entrar na lista negra de comécio de Donald Trump – uma relação de empresas que não podem comprar tecnologia de empresas americanas sem a aprovação do governo – e ver o Google cortar a licença do Android para os celulares da marca, a Huawei pode colocar em prática o seu “Plano B”, antes do que se imagina: usar um sistema operacional próprio que já vinha desenvolvendo há tempos e que seria usado em caso de corte de relações com os EUA e a gigante das buscas.
Os rumores de que a Huawei estaria desenvolvendo um sistema operacional próprio para smartphones – para se tornar independente do Android em caso de embargos comerciais – foram confirmados pelo CEO da empresa, Richard Yu. Em entrevista ao jornal alemão Welt ele afirma: “Nós preparamos nosso próprio sistema operacional. Se por acaso ocorrer uma situação em que não poderemos mais usar esses sistemas [Android e Windows], estaríamos preparados. Esse é o nosso plano B. Mas, é claro, preferimos trabalhar com os ecossistemas do Google e da Microsoft.”
Não é a primeira vez que uma fabricante toma ações preventivas antecipando um corte de relações cordiais com o Google, responsável pelo Android. A Samsung também já desenvolveu seu próprio sistema operacional, o Tizen, uma plataforma baseada no Linux, que está em desenvolvimento perpétuo e que já é usado em vários dispositivos do seu catálogo.
Assim, a alternativa da Huawei já existe. Seria, portanto, um software multiplataformas, semelhante à dupla Android e Chrome OS. É claro que a empresa chinesa gostaria de manter intactos seus relacionamentos com o Google, mas, essa suspensão promovida pela gigante das buscas continue a companhia possui uma carta na manga para reagir. Quão rápido? Difícil saber.
Além de um substituto para o Android, a companhia chinesa também trabalha em uma plataforma para computadores pessoais, nicho em que, atualmente, o Windows 10 domina e cuja parceria com a Microsoft também pode ser encerrada, caso a companhia venha a aderir à lista negra de Trump.