A Intel lançou hoje no Brasil sua sétima geração de processadores Core. Os chips, que já podem ser comprados em revendedores de hardware por aqui, têm desempenho consideravelmente melhor que o da geração anterior, especialmente em streaming de vídeos 4K e games.
De acordo com a Intel, os novos processadores oferecem performance até 221% melhor do que a de computadores com 5 anos de idade. “5 anos” não é um número escolhido aleatoriamente – a empresa aposta que o mercado corporativo aproveitará o ano de 2017 para renovar seus PCs, uma necessidade que já se evidenciava no final de 2016.
Mais 4K por menos bateria
Os novos processadores têm o mesmo soquete que os da sexta geração. De fato, eles também foram fabricados no processo de 14 nanômetros da geração anterior. Mesmo assim, a Intel promete ganhos significativos de qualidade e velocidade em algumas tarefas específicas.
Uma delas é a transmissão de vídeos em resolução 4K. Segundo a Intel, os processadores de sétima geração conseguem processar nativamente essa resolução, algo que os da sexta geração não eram capazes de fazer. Isso faz com que eles consigam reproduzir esses vídeos com taxa de quadros muito melhor e, ao mesmo tempo, com um consumo muito menor de energia.
Isso deve ser notado especialmente nos notebooks. Como os processadores de sétima geração consomem, em geral, menos energia do que seus equivalentes da sexta geração, a empresa promete que eles possibilitarão notebooks com maior duração de bateria também.
Games e realidade virtual
Segundo Maurício Ruiz, diretor geral da Intel Brasil, games serão um dos principais focos da empresa com o lançamento dessa próxima geração de componentes. O Brasil, segundo ele, é um polo gamer na América Latina. Além de ser a terceira maior audiência global de jogos, o país também tem mais de 40 milhões de gamers conectados por mês.
Para eles, a empresa lançará um processador Core i3 de sétima geração com núcleo destravado. Esse recurso, que antes era exclusivo dos Cores i5 e i7, permite que o usuário faça overclock no processador, aumentando seu desempenho. Eles também virão com a nova versão do processador de gráficos integrados da Intel, que deve oferecer melhor desempenho em jogos 3D.
Realidade virtual será outra plataforma que se beneficiará dos novos chips, segundo a empresa. Dispositivos de RV exigem taxas de quadros elevadas para manter a imersão. Processadores mais lentos não conseguem lidar com essa taxa e acabam provocando atrasos e falhas de desempenho mínimas, mas que se traduzem, para o usuário, em sensação de enjoo. Os processadores da nova geração devem proporcionar uma experiência mais suave de realidade virtual, segundo a empresa.
Novos formatos
Fora essas melhorias generalizadas, a empresa também garante que os processadores possibilitarão novas formas de computadores e novos casos de uso. Um exemplo citado por Ruiz foram os “PC Cards” – computadores que têm a forma e o tamanho de um cartão.
Esses “PC Cards” serão semelhantes aos computadores USB: conterão todos os componentes de um computador e poderão se conectar a outros PCs, monitores ou mesmo Smart TVs via interface USB ou HDMI. Segundo Ruiz, eles devem começar a chegar ao mercado no começo do ano que vem.
Outras tecnologias que serão compatíveis com a sétima geração são a RealSense (um recurso de câmeras 3D capazes de identificar rostos e objetos), WiGig (conexão Wi-Fi mais rápida) e algo que a Intel chama de Optane Memory. A empresa informou que trata-se de um novo tipo de armazenamento, sobre o qual mais informações serão dadas em breve.
Disponibilidade
De acordo com a empresa, os novos processadores já estão disponíveis no mercado. Eles podem ser comprados tanto avulsos (para quem vai montar um PC ou atualizar o seu) quanto equipados em notebooks, PCs e computadores all-in-one. Fabricantes como Dell, HP, Lenovo, LG e Vaio já têm produtos com esses chips, e eles podem ser comprados avulsos em lojas como Magazine Luiza, Fast Shop, Ponto Frio e Extra, segundo a Intel.
A exceção é o processador Core i3 destravado, que deve chegar ao Brasil entre abril e junho. A empresa ressalta que os preços de lançamento dos novos processadores são os mesmos dos da geração passada; caso eles pareçam maiores, é devido à variação do dólar.
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