O Instagram barrou a exibição de um anúncio que promovia uma campanha de conscientização em relação ao PrEP, medicamento que, comprovadamente, reduz o risco de transmissão do HIV.

Na semana passada, Mark Zuckerberg e a congressista americana Alexandria Ocasio-Cortez debateram sobre anúncios políticos nas redes sociais, onde o fundador do Facebook defendeu sua presença, mesmo que eles contenham informações mentirosas. “As pessoas devem ter a possibilidade de ver o que os políticos estão dizendo, e decidir qual candidato é confiável e qual não é”, afirmou Zuckerberg.

Aparentemente, o tema de prevenção do HIV e da aids é controverso demais para o Facebook, e consequentemente, para o Instagram.

A Apicha Community Health Center, centro de saúde comunitário sediado em Nova York, que oferece serviços médicos a minorias, tinha a intenção de exibir anúncios provovendo o PrEP, medicamento que comprovadamente reduz o risco de transmissão do HIV. Porém, a ideia foi barrada pelo Instagram, com uma mensagem que afirmava que “a empresa não foi autorizada a exibir anúncios sobre questões sociais ou políticas”, de acordo com o portal Vice.

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O PrEP passou nos critérios de regulamentação em 2012 e vem sendo um sucesso. Novos registros do vírus caíram 31% em Nova York.

A campanha, visível na conta da Apicha Community Health Center, conta com identidade visual e entrevistas de artistas da comunidade LGBTQ+, que discutem os estigmas por trás do HIV, além de retratar como é a vida de um portador do vírus.

Esse tipo de censura é comum entre sites que apresentam material com algum tipo de nudez, e entre empresas de acessórios sexuais que buscam promover seus produtos nas redes sociais