Google restringe o acesso de anônimos a chamadas no Google Meet

Medida visa evitar que participantes divulguem um link de acesso e convidem estranhos para atrapalhar a reunião
Rafael Rigues14/07/2020 18h58, atualizada em 14/07/2020 19h05

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O Google está realizando uma pequena, porém importante, mudança no Google Meet, seu serviço de videochamadas para usuários nos segmentos corporativo e educacional. Usuários anônimos (não-logados com uma conta do Google) não poderão mais participar de videochamadas organizadas por usuários do G Suite for Education ou G Suite Enterprise for Education.

Isto impede que participantes compartilhem publicamente um link e incentivem usuários anônimos a participar da chamada, algo que causou problemas para os usuários do Zoom. Segundo o Google, estes usuários podem perturbar o aprendizado, fazendo barulho ou compartilhando conteúdo, e se tornam uma distração para o organizador quando tentam participar.

A mudança será implementada gradualmente para todos os usuários do G Suite for Education e G Suite Enterprise for Education, ao longo de um período de 15 dias que começou nesta segunda-feira (13). Ela será ativada automaticamente, e os usuários não precisarão fazer nenhuma modificação em suas contas.

Crescimento explosivo

O Google fez várias mudanças no Meet desde o início da pandemia de Covid-19 para atender à demanda do público por softwares de videoconferência baratos, seguros e fáceis de usar. Ainda em abril a empresa liberou até 30 de setembro, para todos os usuários do G Suite e G Suite for Education, o acesso a recursos que normalmente estavam restritos aos usuários premium, como a capacidade de organizar chamadas com até 250 participantes, transmití-las a até 100 mil expectadores e armazenar gravações no Google Drive.

Alguns dias depois a empresa anunciou a integração do Google Meet com o GMail, tornando o serviço efetivamente gratuito e disponível para qualquer um com uma conta em seu serviço de e-mail. Reuniões criadas via GMail podem ter até 100 participantes e duração máxima de 60 minutos, embora o Google afirme que não irá impor estes limites até 30 de setembro.

Em meados de maio o app do serviço chegou a 50 milhões de downloads na Play Store, uma verdadeira explosão ase considerarmos que dois meses antes, em março, ele havia atingido a marca de 5 milhões de downloads.

Segundo a AppBrain, empresa que monitora o desempenho de apps na Play Store e App Store, o fato do serviço ter se tornado gratuito, as controvérsias que cercam um de seus maiores concorrentes, o Zoom, e uma boa campanha de marketing do Google foram os principais responsáveis pelo crescimento.

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital