Ao acessar o Instagram, por exemplo, é bastante comum ver imagens com diversos efeitos – sejam eles adicionados pelo usuário ou a partir de um filtro do celular que é ativado por padrão.
Para oferecer uma alternativa, o Google, como parte de se programa de Bem-estar digital, criou uma iniciativa que visa fornecer mais controle e transparência sobre os filtros de selfie. Segundo a empresa, o objetivo disso é ajudar a respeitas “as escolhas pessoais em torno do retoque facial em smartphones”.
Por meio de vários estudos e entrevistas, a empresa descobriu que não saber que uma câmera ou aplicativo de fotos aplicou um filtro sobre imagens, faz com que capturas possam ter impacto negativo no bem-estar mental. “Esses filtros padrão podem definir discretamente um padrão de beleza com o qual algumas pessoas se comparam”, disse Vinit Modi, gerente de produto do Google.
Smartphones recentes, como os da linha Galaxy, da Samsung, e até os próprios Pixel, do Google, oferecem retoque de selfies em seus aplicativos de câmera, mas, às vezes, podem ser necessárias várias etapas para localizá-los e, se for o caso, desligá-los. O que a nova abordagem do Google busca é deixar mais claro se uma captura possui ou não qualquer efeito aplicado.
Alguns aparelhos, como os da Samsung, oferecem correções faciais automaticamente. Foto: Cristina Zaragoza/ Unsplash
Uma iniciativa com essa premissa começará a ser implementada no Pixel 4a. O retoque facial estará desativado por padrão, e uma atualização futura usará linguagens e símbolos mais neutros para essa ferramenta – evitando palavras como “embelezamento” ou “aperfeiçoamento”.
Além disso, se você decidir usar uma ferramenta de retoque, “você verá mais informações sobre como cada configuração é aplicada e quais alterações ela faz em sua imagem”, disse Modi.
Esse conjunto de diretrizes não é algo que o Google deseja usar apenas com seus produtos. A empresa também tenta convencer outras companhias. “Mudanças significativas exigem esforço coletivo, em um amplo ecossistema de aplicativos e dispositivos. Compartilhamos nossos insights e estrutura de design com eles [outras empresas], à medida que continuam a encontrar maneiras de atualizar suas experiências de produtos também”, ressalta Modi.
Embora as ferramentas para alterar e tirar fotos possam implementar rótulos neutros e mais transparentes, outra questão importante é conscientizar as pessoas que postam essas capturas a indicarem que os elementos presentes foram modificados – e que não necessariamente representam a realidade.
Nenhuma plataforma além do Google comentou a iniciativa até o momento. Por enquanto, essa é uma iniciativa única, mas que deve ganhar mais adeptos conforme se provar válida.
Via: Engadget