O FBI está cada vez mais ligado no que acontece pelas redes sociais e internet no geral. Os registros da agência americana mostram um foco crescente no uso das mais recentes ferramentas do setor privado para vigilância em massa, como contratos com empresas que monitoram postagens nas redes e coletam dados de localização de smartphones.

Logo após o início das manifestações por conta do assassinato de George Floyd, em 26 de maio, o FBI assinou um acordo para estender seu relacionamento com a Dataminr, empresa que monitora as redes sociais. Além disso, modificou um contrato com a Venntel, empresa que mapeia e vende a movimentação de milhões de americanos.

Há muito tempo a agência federal busca as ferramentas tecnológicas mais avançadas com a finalidade de prever rapidamente crimes e localizar suspeitos em potencial, o que levantou preocupação de que possa atingir protestos legais e minar a liberdade de expressão.

ReproduçãoDesde os protestos contra assassinato de George Floyd, FBI expandiu sua capacidade de coletar dados da população. Foto: Reprodução

O diretor do FBI, Christopher Wray, alertou que “o terrorismo hoje se move na velocidade das mídias sociais”. Além disso, afirmou que ameaças de “tudo, desde grupos anarquistas a grupos extremistas violentos motivados pela raça” tendem a “começar principalmente online“.

Apesar disso, os críticos temem que, com o novo alcance, a agência possa infringir a Primeira Emenda, que impede o congresso de infringir seis direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, limitar o direito de livre associação pacífica e proibir o livre exercício da religião.

Via: The Intercept