Na última semana, o Senado dos Estados Unidos votou pela redefinição da Lei do Patriota, que abrange diversas formas de vigilância, após um esforço fracassado de mudá-la. A tentativa visava impedir explicitamente que agências federais, como o FBI, coletem o histórico de navegação na web dos americanos sem um mandado. Agora, ativistas pressionam o governo a adicionar novamente a proteção à privacidade ao projeto.
“Os democratas da Câmara passaram os últimos dois anos gritando sobre como esse governo perigoso abusa rotineiramente do poder. Agora eles têm a chance de colocar apenas uma pequena limitação às autoridades de vigilância de Trump”, destacou Evan Greer, vice-diretora da Fight For The Future. “Se não aceitarem, estão deixando claro que a resistência sempre foi uma besteira”, acrescentou.
Campanha pela volta do projeto
Os defensores da privacidade criaram uma campanha pedindo à presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, para reintroduzir a emenda ao projeto. Mais de 50 grupos assinaram o apoio, incluindo a Human Rights Watch e o DuckDuckGo, navegador focado em privacidade do usuário.
Redefinição da Lei do Patriota (Patriot Act) visava impedir o FBI de coletar o histórico de navegação na web dos americanos sem um mandado. Foto: Jornal de Brasília
A votação desta semana pode ser decisiva. Na primeira oportunidade, a emenda fracassou por apenas um voto, sendo que vários senadores que votariam a favor dela estavam ausentes. Por conta disso, acredita-se que basta que Pelosi inclua a emenda para que ela seja aprovada no Senado.
Os líderes democratas, oposição ao governo, foram duramente criticados por entregar vastos poderes de vigilância ao presidente Trump, ao mesmo tempo em que advertiam que ele rotineiramente abusa deles para espionar pessoas vulneráveis. “Em um momento histórico em que precisamos que o Congresso esteja vigilante, não há desculpa para não proteger nossos direitos e privacidade”, destacou Sandy Fulton, ex-diretora de relações governamentais na Free Press.
Via: Vice