O Facebook afirmou na última terça-feira (17) que está contratando revisores para ajudar a reduzir o tempo de identificação de uma postagem falsa. A ação faz parte do novo programa piloto que pode ajudar a rede social a reprimir informações enganosas.

O anúncio mostra que a empresa está respondendo às críticas de que não faz o suficiente para combater as postagens falsas no site. O fato de que políticos podem mentir em anúncios na rede social tem alimentado mais a ideia de que o Facebook não faz o suficiente.

A rede social também recebeu críticas por não verificar as postagens rapidamente. Em maio, um vídeo adulterado da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi visto por milhões de pessoas antes de ser classificado como falso e ter sua propagação reduzida. Até mesmo Mark Zuckerberg reconheceu que a empresa poderia ter agido mais rapidamente. Na época, um porta-voz afirmou que o tempo de verificação varia dependendo da postagem.

O Facebook disse que o novo processo será testado nos EUA nos próximos meses. O novo método de verificação vai contar com a tecnologia para ajudar a identificar as possíveis desinformações. Uma inteligência artificial vai verificar se o usuário já compartilhou postagens do tipo no passado, entre outros sinais. Depois, a postagem vai ser enviada aos revisores que vão procurar evidências para apoiar ou refutar o que a postagem diz. Depois, os verificadores vão usar as informações fornecidas pelos revisores para tomar a decisão.

“Se houver um post afirmando que uma celebridade morreu e os revisores não encontrarem outras fontes que relatam a notícia, ou se virem que a mesma celebridade vai se apresentar em algum lugar no final do dia, eles podem sinalizar que a alegação não é corroborada”, disse Henry Silverman, gerente de produtos do Facebook.

A YouGov, uma empresa mundial de opinião pública e dados, está trabalhando junto com a rede social para garantir que os revisores representem diversas visões. O Instagram, de propriedade do Facebook, também está tomando mais medidas para combater a desinformação.

Via: CNET