Facebook expande curso de pós-graduação em inteligência artificial

Empresa, que já tem parceria com a universidade Georgia Tech, vai dar foco a faculdades com grandes números de alunos negros e latinos a fim de aumentar diversidade
Equipe de Criação Olhar Digital22/10/2020 16h40

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Qual é a melhor forma de uma empresa de tecnologia encontrar funcionários capacitados? O Facebook acredita é oferecer um curso que ensine o que deseja encontrar em seus trabalhadores. Por conta disso, a rede social iniciou um programa piloto para um curso de pós-graduação em deep learning em parceria com a universidade Georgia Tech. Após o sucesso do programa, a empresa decidiu ampliar sua parceria com outras faculdades até 2021.

Em busca por maior diversidade em seu corpo de funcionários, o Facebook vai dar preferência a universidades com grande número de alunos negros e latinos. A rede social espera que, com isso, alguns problemas com preconceitos em programações internas sejam eliminados.

Além de ajudar no desenvolvimento do curso, a equipe do Facebook deu palestras, orientou os alunos e permitiu um caminho para entrevistas de emprego. Os estudantes também têm a possibilidade de participar de projetos com aplicação no mundo real e examinar o trabalho que a rede social tem feito na plataforma.

ReproduçãoFacebook expande curso de pós-graduação em inteligência artificial. Foto: hakusanto/Shutterstock

A medida também faz parte de seu programa para incentivar pessoas a entrar no campo das ciências da computação. Em 2019, a empresa investiu US$ 4,2 milhões no programa Align, da Northeastern University, em Boston, que incentiva grupos sub-representados a entrarem em pós-graduações. Outro ponto que ajuda no aumento da participação nos programas é que, por conta da pandemia, o ensino online está recebendo uma aceitação maior.

Facebook favorece sites conservadores

Apesar da busca por diversidade em seus funcionários, a rede social tem problemas com a questão em outros pontos. Em 2019, a editora do site de notícias progressista Mother Jones foi às redes sociais reclamar de uma redução drástica de tráfego supostamente causada pelo Facebook, acusando a rede social de prejudicar deliberadamente os veículos de esquerda na plataforma. De acordo com uma reportagem publicada pelo The Wall Street Journal na última sexta-feira (16), ela estava certa.

Segundo a publicação, o contratempo é resultado de uma mudança que o Facebook fez em seu algoritmo em 2017. À época, funcionários da rede social temiam que a atualização prejudicasse veículos conservadores, e sugeriram que fossem pensadas estratégias para não comprometer a imparcialidade do conteúdo apresentado aos usuários.

Então, na tentativa de balancear o feed de notícias, Mark Zuckerberg teria aprovado uma mudança que reduzia, de forma desproporcional, o direcionamento de tráfego para veículos de esquerda.

Via: Engadget