Os Estados Unidos levantaram junto a seus aliados do Golfo Pérsico preocupação sobre um possível risco de segurança no uso da tecnologia da Huawei em sua infraestrutura de redes móveis de quinta geração (5G), disseram autoridades americanas na quinta-feira (12).

Washington vem alertando os aliados contra o uso dos equipamentos de empresas chinesas, alegando que apresentam um risco à segurança, mas até agora só havia feito comentários públicos referentes aos seus aliados europeus.

A Huawei negou repetidamente as alegações dos EUA, que foram levantadas na semana passada durante uma visita do presidente da Comissão Federal de Comunicações, Ajit Pai, à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que estão usando seus equipamentos.

“Compartilhamos uma … mensagem sobre a importância de proteger a tecnologia 5G e aplicar os princípios de segurança com base no risco”, disse Robert Strayer, vice-secretário adjunto de cyber, comunicações internacionais e política de informações do Departamento de Estado dos EUA.

Washington diz que a Huawei poderia ser explorada por Pequim e ameaçou interromper o compartilhamento de informações com nações que usem seus equipamentos. China e Huawei negam as alegações.

O Bahrein abriga a Quinta Frota da Marinha dos EUA, enquanto os Emirados Árabes acolhem soldados americanos que apoiam operações militares dos EUA na região. Washington disse que planeja posicionar soldados na Arábia Saudita como parte de uma presença mais ampla na região. “Acreditamos que quando você desenvolve uma estrutura baseada em segurança, acaba excluindo a Huawei das implantações do 5G”, disse Strayer.

O ministro das Telecomunicações do Bahrein, Kamal bin Ahmed Mohammed, disse à Reuters em março que a Huawei atendia aos padrões de seu país e que não havia preocupações.

Autoridades sauditas e dos Emirados Árabes não comentaram a questão EUA-Huawei. A Arábia Saudita, os Emirados Árabes e o Bahrein também usam equipamentos 5G fabricados por outras empresas de tecnologia, o que segundo Pai mostra que a Huawei não é a única opção para países que desejam liderar a implantação de redes móveis 5G de próxima geração. 

Via: Reuters