EUA pressionam Brasil contra entrada da Huawei no mercado 5G

Presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o novo presidente-executivo da Huawei no Brasil
Redação19/11/2019 17h31, atualizada em 19/11/2019 18h01

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Ao longo de todo o ano de 2019, os EUA se mostraram contrários a qualquer tipo de expansão da Huawei. A postura norte-americana não é diferente quando se trata de ações da empresa no Brasil. Por isso, o governo dos EUA intensificou o lobby contra a entrada da empresa no mercado brasileiro do 5G. O leilão da nova tecnologia está previsto para o próximo ano.

Donald Trump e seus representantes têm aproveitado reuniões com autoridades brasileiras para levantar preocupações sobre a segurança dos equipamentos da Huawei, que estariam, segundo eles, suscetíveis a ataques cibernéticos ou espionagem.

Pensando nesse tipo de postura por parte do governo americano, o novo presidente-executivo da Huawei no Brasil, Yao Wei, se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro no Planalto, na última segunda-feira (18).

Reprodução

Presidente Jair Bolsonaro recebe placa do presidente-executivo da Huawei no Brasil, Yao Wei. Foto: Marcos Corrêa/PR

Como resposta, os americanos fizeram chegar a auxiliares do presidente brasileiro o recado de que o aprofundamento da parceria na área de defesa depende de garantias de que as telecomunicações usadas pelo Brasil sejam confiáveis.

A Huawei é hoje a principal fornecedora de equipamentos de rede de telefonia no mundo, e protagonista no avanço da rede 5G.

Em nota, o governo americano afirmou que a entrada dos chineses nessa área traz diversas “implicações de segurança”. “Permitir equipamentos de telecomunicações chineses em qualquer ponto de uma rede 5G cria um risco inaceitável para a segurança nacional, infraestrutura, privacidade e direitos humanos”, afirmou a missão diplomática.

Na primeira visita oficial a Bolsonaro, o executivo da Huawei garantiu que a empresa quer ser fornecedora para as redes 5G e que seus equipamentos são seguros.

Ontem (18) o governo americano estendeu a licença à Huawei por 90 dias, mas isso não foi suficiente para que os chineses se dessem por satisfeitos.

Via: Folha de São Paulo

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital